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Reportagem do jornal suíço Blick diz que a cabeleireira brasileira Fátima Lorca Schori, de 45 anos, encontrada morta no país, pode ter sido morta a facadas por um homem negro que usava um grande anel em uma das mãos. O assassino exigiu dinheiro da brasileira, segundo fontes ouvidas pelo periódico.

As autoridades suíças não dão detalhes sobre as investigações, mas, de acordo com a reportagem do Blick, as câmeras de segurança espalhadas pela cidade de Biel-Bienne devem auxiliar a polícia. A reportagem afirma também que a brasileira enfrentava dificuldades financeiras depois de o marido de Fátima, que é suíço, ter ficado inválido.

A família de Fátima tem evitado conversar com a imprensa, mas um irmão aceitou conversar rapidamente com o G1 na última quinta-feira (14). De acordo com Antônio, o cunhado suíço tem câncer, mas não falou sobre as eventuais dificuldades financeiras enfrentadas pela irmã. "Ele está internado. Ele tem câncer. Ele já nem trabalhava mais por causa da doença", afirmou. "Logo depois que ela foi para lá [para Suíça], ela se casou. Pelo que eu sabia, eles tinham uma vida tranquila. Ele veio para cá duas vezes", disse.

O corpo de Fátima não tem prazo para ser liberado. "Não temos nenhuma novidade [sobre a liberação do corpo]. O corpo dela vai ficar lá enquanto não sai o resultado das investigações", declarou Antônio.

A cabeleireira morava na cidade de Biel-Bienne, de 50 mil habitantes, no noroeste do país. O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (11) e a notícia sobre a morte chegou a Bauru, onde moram parentes e os três filhos da vítima, na terça-feira (12).

A filha mais velha da cabeleireira, que tem 25 anos, afirmou que deve embarcar para a Suíça o mais rápido possível, inclusive para checar as histórias estampadas nas páginas dos jornais do país.Amiga prestativa

A comerciante Sueli Aparecida Polini Andreato, de 49 anos, disse que Fátima era trabalhadora e muito preocupada com os amigos. "Ela tinha imóveis em Bauru. Quando sabia que alguém estava passando necessidade, ela falava: nesse mês o [dinheiro do] aluguel vai direto para a minha amiga", disse.

Sueli, que a conhecia havia 12 anos, disse que Fátima deixou o Brasil com o intuito de oferecer melhores condições de vida para os filhos. "Ela vinha sempre visitar os filhos. [Quando foi para lá] ela sempre falava que queria lhes dar condições melhores", afirmou.

Logo que Fátima foi para a Suíça, Sueli ficou algum tempo sem manter contato, mas da última vez em que Fátima veio com o marido para o Brasil, em janeiro, elas se encontraram. "Ela veio aqui [na minha casa] para alugar um carro para passear com o marido. Ela dizia que estava bem."

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