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O jornalista era especializado em noticiário policial e pediu escolta para suas reportagens em 2015 | Reprodução
O jornalista era especializado em noticiário policial e pediu escolta para suas reportagens em 2015| Foto: Reprodução

Dois criminosos mataram nesta terça-feira (19) o jornalista mexicano Gumaro Pérez enquanto estava na festa de final de ano da escola do filho em Acayucán, no Estado de Veracruz, tornando-se o 12º a morrer no país neste ano.  

Fundador do site La Voz del Sur e funcionário da prefeitura local, Pérez, 34, foi baleado ao lado de dezenas de pais e de alunos no pátio do colégio. Os atiradores fugiram na sequência e ainda são procurados pela polícia.  

O jornalista era especializado em noticiário policial e pediu escolta para suas reportagens em 2015. A líder de Comissão de Atendimento a Jornalistas, Ana Paula Pérez, disse que o repórter não relatou outras ameaças nos últimos meses.  

O secretário de Segurança Pública de Veracruz, Jaime Téllez, disse que os investigadores têm pistas sobre a quadrilha que poderia estar por trás da morte, mas também negou saber de possíveis intimidações ao trabalho de Pérez.  

"Sabemos que isso não remedia a situação da família, mas nós vamos fazer tudo o que nos cabe e um pouco mais para poder chegar aos responsáveis", disse à imprensa local.  

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, a morte de Pérez faz com que o México se iguale em número de jornalistas mortos à Síria, em guerra civil desde 2011. O país latino-americano já ultrapassou outros Estados em guerra, como Afeganistão e Iraque.  

As ameaças dos cartéis do tráfico de drogas e de políticos regionais, alguns deles envolvidos com o crime organizado, estão entre os principais motivos para o alto número de jornalistas mortos no México.

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