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Fuga

Jovens pularam em lago em pânico, dizem testemunhas

Suspeito, vestido de policial, gritava para quem encontrasse pela frente na ilha de Utoeya que todos iriam morrer

Sobreviventes são retirados da ilha de Utoeya após ataques | Morten Edvardsen/Reuters
Sobreviventes são retirados da ilha de Utoeya após ataques (Foto: Morten Edvardsen/Reuters)

As pessoas que estavam no acampamento anual da juventude do Partido Trabalhista da Noruega na ilha de Utoeya – cerca de 700 – se reuniram para saber informações sobre o bombardeio na capital Oslo. Foi na­­quele momento que um homem, trajando uniforme de polícia, se aproximou do grupo e abriu fogo indiscriminadamente. Foi o que relatou à BBC Adrian Pracon, que estava trabalhando em uma cabine de informações na ilha. "Vi pessoas caindo mortas bem na minha frente. Então eu corri em direção à area onde estava montado o acampamento e vi o homem armado – duas pessoas estavam tentando conversar com ele e, dois segundos depois, já haviam sido ambas baleadas", contou Pracon.

O atirador foi descrito por Pracon como um homem "de atitude confiante, calmo e controlado". Segundo a testemunha, o homem armado gritou para o grupo afirmando que todos eles iam morrer.

Vários jovens aterrorizados pularam na água e "começaram a nadar em pânico – mas a ilha de Utoeya fica ligeiramente longe do continente", expligou Bjorn Jarle Roberg-Larsen, um membro do Partido Trabalhista da Noruega que conversou com alguns dos adolescentes na ilha por telefone. Não há nenhuma ponte ou ligação por terra entre Utoeya e o continente. "Alguns outros se esconderam. Aqueles com quem eu conversei não querem mais falar, estão muito apavorados", complementou.

Infelizmente, muitos não conseguiram fugir do atirador a tempo. "Primeiro, ele atirou nas pessoas que estavam em terra firme", contou uma adolescente de 15 anos, identificada como Elise, que estava no acampamento, à agência The Associated Press. "Depois disso, ele tentou atingir também quem estava na água, já tentando fugir da ilha." O jovem Pracon está entre os que tentaram fugir a nado do atirador – no meio do caminho, porém, ele achou que não conseguiria percorrer todo o trajeto e retornou para a ilha, onde deu de cara com o suspeito, que incrivelmente o deixou viver. Foi um pouco antes de a polícia entrar na ilha e capturar o suspeito, que seria Anders Breivik.

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