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Egito

Judiciário egípcio congela ativos de líderes islamitas

Ação é parte de investigação sobre episódios violentos que ocorreram no país. Ordem afeta membros da Irmandade Muçulmana

Egípcio caminha pelas ruas do Cairo. Justiça investiga incidentes ocorridos depois da queda do presidente Mohamed Morsi | Reuters
Egípcio caminha pelas ruas do Cairo. Justiça investiga incidentes ocorridos depois da queda do presidente Mohamed Morsi (Foto: Reuters)

A promotoria pública do Egito ordenou ontem o congelamento dos ativos de 14 islamitas importantes como parte de uma investigação sobre episódios violentos, informaram fontes judiciais. A ordem afeta nove líderes da Irmandade Muçulmana, dentre eles o guia do grupo, Mohamed Badie, e cinco islamitas de outros grupos, que incluem a facção militante Gamaa Islamiya.

As investigações estão relacionadas a quatro incidentes ocorridos desde a queda do presidente Mohamed Morsi em 3 de julho, dentre os quais os confrontos no Cairo na última segunda-feira que resultaram na morte de 53 pessoas.

Também ontem, Morsi e membros da Irmandade Muçulmana começaram a ser interrogados sobre a fuga da cadeia durante o levante de 2011, informaram integrantes do Poder Judiciário à agência France Presse.

A ação foi tomada horas depois de a promotoria ter recebido queixas criminais contra o presidente deposto e outros islamitas

O inquérito trata da fuga de Morsi e dezenas de membros da Irmandade da prisão de Wadi Natrun durante o levante que terminou com o fim dos 30 anos de governo de Hosni Mubarak.

Em junho, um tribunal concluiu que o Hamas, grupo islamita que governa a Faixa de Gaza, e grupo xiita libanês Hezbollah ajudaram os prisioneiros.

O serviço de investigação da promotoria interrogou Morsi num local não divulgado. O ex-presidente não é visto em público desde que foi derrubado, após milhões de pessoas terem ido às ruas para pedir sua saída.

Os líderes interinos do país afirmam que ele é mantido num "lugar seguro, para sua própria segurança".

O primeiro-ministro interino Hazem al-Beblawi reuniu-se com candidatos a postos ministeriais. Ele afirmou que espera formar um gabinete com 30 ministros e que a principal prioridade é retomar a segurança, assegurar o fluxo de bens e serviços e preparar as eleições parlamentares e presidenciais. O novo gabinete deve ser revelado na terça ou quarta-feira.

O presidente interino, Adly Mansour, estabeleceu o início do próximo ano como prazo para as eleições.

A Irmandade se recusou a participar do governo interino e dezenas de milhares de partidários saíram às ruas para exigir a volta de Morsi.

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