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A juíza federal Kathleen Cardone autorizou nesta terça-feira a continuação do julgamento do ex-agente do serviço de inteligência dos EUA (CIA) Luis Posada Carriles. Ele é julgado nos Estados Unidos por perjúrio, obstrução à justiça e fraude imigratória. Carriles teria mentido sob juramento a autoridades norte-americanas em 2005.

A juíza havia interrompido temporariamente o processo porque a defesa afirmou que os promotores permitiram que um agente cubano oculto de contra inteligência testemunhasse contra Carriles antes de fornecer documentos que relevassem sua verdadeira identidade.

O defesa afirma que não é justo que os promotores apresentem, no tribunal, uma testemunha que deseja mentir para o governo de Fidel Castro sem dizer a eles quem é essa pessoa. A juíza declarou hoje que os promotores foram lentos em apresentar os documentos, mas que o julgamento pode continuar.

Nascido em Cuba e naturalizado venezuelano, Carriles atuou como agente da CIA entre 1960 e 1976, segundo documentos da própria agência norte-americana de espionagem divulgados nos últimos anos. Ele foi condenado à revelia pelo atentado que, em 1976, derrubou uma aeronave comercial da companhia Cubana de Aviación, no qual 73 pessoas morreram, e como mentor de uma série de explosões contra hotéis em Cuba na década de 1990, nas quais um turista italiano morreu.

Ele também foi preso no Panamá no ano 2000 por envolvimento em um complô para assassinar Fidel Castro durante uma conferência internacional no país, mas foi perdoado em 2004 pela presidente panamenha então em fim de mandato Mireya Moscoso. Entre outros episódios, Posada Carriles esteve envolvido na fracassada invasão da Baía dos Porcos e no escândalo Irã-Contras. As informações são da Associated Press.

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