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O juiz iraquiano que sentenciou à morte o ex-presidente Saddam Hussein estaria em Londres em busca de asilo político, segundo o jornal The Times, mas outro magistrado, em Bagdá, disse que Raouf Abdel Rahman é esperado de volta no Iraque em abril.

O jornal britânico publicou neste sábado que Rahman, 65 anos, estaria morando na Grã-Bretanha e já teria dado entrada em um pedido para permanecer no país, temendo por sua vida no Iraque.

Rahman chegou à Grã-Bretanha com a família com visto de turista, de acordo com a reportagem do Times. Ele teria se candidatado ao asilo após chegar na Grã-Bretanha duas semanas antes de Saddam ser enforcado, em 30 de dezembro, segundo o jornal.

Mas Munir Hadad, um dos nove juízes da Câmara de Apelações do Iraque, disse no sábado que o colega deve regressar ao país.

``O juiz está de férias, que devem terminar em 5 de abril. Ele está passando por check-ups médicos e disse ao tribunal que pretende voltar no final das suas férias'', afirmou Hadad em uma coletiva de imprensa em Bagdá, neste sábado.

Uma porta-voz para o Ministério do Interior britânico, encarregado da imigração e dos pedidos de asilo, não confirmou nem negou a notícia de que Rahman pediu asilo. ``Nunca discutimos casos individuais de asilo'', disse.

Militantes no Iraque costumam estabelecer como alvo parentes de figuras proeminentes, incluindo juízes, que vivem cercados de forte segurança.

O curdo Rahman presidiu o tribunal que sentenciou Saddam à forca em 5 de novembro por crimes contra a humanidade no julgamento sobre o massacre de 148 xiitas, ocorrido após tentativa de assassinato do ex-líder iraquiano na cidade de Dujail, em 1982.

Rahman também sentenciou à morte o ex-juiz Awad Hamed al-Bander, que apoiava Saddam, e o meio-irmão do líder iraquiano, Barzan Ibrahim al-Tikriti.

No início deste mês, a estação de TV árabe Al Jazeera já havia divulgado que Rahman havia pedido asilo em Londres.

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