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Dominique Strauss-Kahn chega à Suprema Corte de Manhattan, em Nova York com a sua esposa | Mario Tama/Getty Images/AFP
Dominique Strauss-Kahn chega à Suprema Corte de Manhattan, em Nova York com a sua esposa| Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP

O juiz estadual Michel Obus retirou nesta terça-feira todas as acusações de crimes sexuais contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn, encerrando um caso que danificava as aspirações políticas do francês, informa o Wall Street Journal.

Em uma audiência nesta terça-feira, o juiz do estado de Nova York retirou as sete acusações contra Strauss-Kahn. Porém um tribunal de apelações ainda decidirá se será nomeado um promotor especial para o caso. Mais cedo, o juiz estadual decidiu que um promotor especial não seria nomeado, por não ver razões para deixar de arquivar o caso, seguindo a recomendação dos promotores de Manhattan.

Com isso chega ao fim um tumultuado processo de quatro meses, que começou com a promotoria afirmando que a suposta vítima, Nafissatou Diallo, era digna de crédito e termina com os promotores questionando a veracidade das informações dela. Camareira de um hotel da rede Sofitel em Nova York, Diallo afirmou ter sido atacada sexualmente por Strauss-Kahn em 14 de maio. Strauss-Kahn foi retirado do avião algumas horas depois do incidente e preso. A defesa alegava que houve apenas sexo consensual entre os dois.

Na segunda-feira, promotores disseram no tribunal que não havia evidência de que Strauss-Kahn tivesse forçado o encontro sexual. Além disso, as outras provas não conseguiram mostrar que houve sexo sem o consentimento da mulher.

Em junho, a camareira de 33 anos admitiu que havia mentido sobre algumas questões, entre elas o status de sua residência nos EUA, segundo promotores. Também admitiu que mentiu para os promotores sobre suas ações no encontro com Strauss-Khan.

Uma mentira de um indivíduo não é motivo suficiente para se invalidar toda a fala de uma testemunha, notaram os membros da equipe da promotoria Joan Illuzzi-Orbon e John McConnell nos papeis entregues na segunda-feira. Porém a série de informações falsas no caso gerou uma "dúvida razoável" sobre os fatos, segundo eles.

O arquivamento do caso criminal não encerra as questões legais para Strauss-Kahn. A camareira ainda o processa na esfera civil. Além disso, uma jornalista e escritora francesa o acusa de tentativa de ataque sexual, fato que teria ocorrido em 2003 e gerou uma investigação na França. Antes de sua detenção nos EUA, Strauss-Kahn, do Partido Socialista, era apontado como o favorito nas pesquisas para vencer o presidente Nicolas Sarkozy na disputa do ano que vem.

As informações são da Dow Jones.

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