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Recuperação

França doa R$ 819 mi à ex-colônia

Folhapress, em São Paulo

A França entregará 326 milhões de euros (cerca de R$ 819 milhões) para ajuda humanitária ao Haiti.

O pacote inclui o cancelamento de uma dívida de 56 milhões de euros (R$ 140 milhões), anunciou Nicolas Sarkozy, na primeira visita de um presidente francês ao Haiti.

Além de visitar um hospital de campo francês na capital, Porto Príncipe, Sarkozy pretende, com sua visita, virar a página na longa história de relações difíceis entre a França e o Haiti, que conquistou sua independência em 1804, após uma revolta sangrenta dos escravos negros contra seus senhores brancos.

Além de oferecer ajuda emergencial imediata aos feridos e desabrigados pelo sismo, os doadores internacionais querem apoiar a recuperação de longo prazo do Haiti, na tentativa de arrancar o país mais pobre do continente de um ciclo de miséria e instabilidade política.

Um juiz haitiano libertou oito dos 10 norte-americanos detidos no país sob acusação de sequestro de crianças.

Segundo o advogado do grupo de batistas, Aviol Fleurant, o juiz disse que eles poderiam deixar o país ainda ontem.

Duas integrantes do grupo, a líder Laura Silsby e Charisa Coul­­ter, permanecerão detidas para interrogatórios.

"Oito dos meus clientes foram libertados. O juiz quer interrogar dois dos meus clientes porque eles estiveram no Haiti antes do terremoto", disse Fleurant.

Perguntado se o juiz do caso já havia emitido a ordem de soltura, Fleurant disse que sim e que os oito poderiam deixar o país ontem sem o pagamento de fiança.

"Os pais das crianças fizeram depoimentos que comprovaram que eles podem ser soltos", disse o juiz, explicando que os pais haviam cedido as crianças voluntariamente.

Apesar da influência dos EUA no Haiti, para onde o governo Obama chegou a enviar 20 mil soldados após o terremoto, o secretário de Estado do Haiti para Assuntos Penais, Claudy Gassant, disse que Washington "permitiu que o Judiciário haitiano mantivesse seu trâmite". "Posso assegurar que a luz será lançada sobre este assunto e os direitos dos norte-americanos serão respeitados", disse Gassant.

"Elogio o governo dos EUA por não interferirem nos procedimentos judiciais em curso no Haiti a respeito dos norte-americanos", acrescentou Gassant.

O caso

Os missionários, a maior parte deles provenientes de duas igrejas batistas do estado de Idaho, foram acusados de tentar levar 33 crianças haitianas à Re­­pública Dominicana no dia 29 de janeiro, sem os documentos necessários para isso.

O caso veio à tona justamente quando o governo haitiano fazia um apelo pela interrupção das adoções durante o estado emergencial do pós-terremoto. O grupo, acusado de tráfico de pessoas, afirmou estar em missão humanitária para resgatar crianças em situação de risco, que seriam levadas a um orfanato improvisado em um hotel da República Dominicana.

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