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Dois anos e sete meses depois de desaparecer no mar de Fort Lauderdale, na Flórida, o multimilionário brasileiro Guma Aguiar foi declarado morto ontem por um juiz americano que atendeu a uma petição apresentada pela viúva, Jamie Aguiar, e pela mãe do empresário, Ellen Aguiar. As duas brigam há meses pela herança de US$ 100 milhões.

Segundo o jornal "Sun Sentinel", Guma tinha 35 anos, era pai de quatro filhos e havia construído sua fortuna explorando petróleo e gás no Texas. Ele desapareceu no dia 19 de junho de 2012, depois de sair, sozinho, para um passeio de barco. Segundo a polícia local, o empresário sofria de depressão e tomava remédios.

A embarcação usada por ele foi encontrada seis horas depois de Guma deixar as docas. Suas luzes de navegação permaneciam ligadas, a chave estava na ignição, mas nem o empresário nem seu corpo foram encontrados, informou a publicação americana.

As últimas pessoas a verem o brasileiro disseram à polícia que, quando Guma deixou Port Everglades, seu barco estava em alta velocidade, mas não era seguido por ninguém.

Um especialista em engenharia marinha periciou o GPS do barco e detectou que ele acelerou e desacelerou diversas vezes até parar completamente às 19h54m do dia do desaparecimento.

No processo, aventou-se a possibilidade de o brasileiro ter caído no mar e não ter conseguido retornar ao barco. Um especialista em correntes marítimas foi chamado a avaliar o caso e informou que, se isso tivesse ocorrido, seu corpo teria aparecido mais ao norte da cidade. A guarda costeira americana procurou Guma por dois dias, mas nunca conseguiu localizá-lo.

Desde o desaparecimento do brasileiro, sua mulher e sua mãe brigam pela herança. Ontem, no entanto, elas entraram num consenso e conseguiram convencer o juiz Mark A. Speiser, do condado de Broward, que ele deveria ser declarado como morto. Segundo a lei americana, uma pessoa desaparecida só pode ser dada como morta após cinco anos.

Casamento tumultuado

De acordo com o "Orlando Sentinel", o casal é dono de uma mansão avaliada em US$ 5 milhões, de um iate e do barco de onde Guma desapareceu. Todos esses bens foram postos à venda. O mesmo jornal conta que Guma e Jamie se conheceram na escola e que tinham um relacionamento tumultuado.

Dois meses antes de o empresário desaparecer, Jamie pediu à Justiça uma avaliação sobre seu contrato pré-nupcial, porque estaria disposta a pedir o divórcio. Os advogados dela chegaram a cogitar a hipótese de Guma ter simulado a morte para evitar a divisão de sua fortuna. A tese foi derrubada pela Justiça depois que ficou comprovado que o brasileiro não fez nenhuma movimentação financeira em suas contas bancárias desde junho de 2012.

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