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Yangun – O nigeriano Ibrahim Gambari, enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) a Mianmar, a antiga Birmânia, reuniu-se ontem com Than Shwe, chefe da junta militar que governa o país, e com Aung San Suu Kyi, líder da oposição. Em seguida, ele deixou o país sem dar entrevistas. Assim, não se sabe o que Gambari discutiu com os militares e nem se ele conseguiu costurar algum acordo entre Shwe e Suu Kyi.

Depois de mais um dia de calma nas ruas das principais cidades do país, o governo anunciou ontem uma redução de duas horas no toque de recolher – que antes era de 21 horas às 5 horas, agora vai de 22 horas às 4 horas. A diminuição é interpretada como um sinal de que os generais estão confiantes de que a onda de protestos acabou.

Tony Banburry, diretor do setor asiático do Programa Mundial de Alimentos da ONU, confirmou ontem a informação de que há pelo menos mil pessoas trancadas nas instalações do Instituto Tecnológico de Yangun. De acordo com um funcionário do governo birmanês, o número de presos chegaria a 1.700, sendo que 500 seriam monges budistas.

Boa parte dos moradores de Yangun está desligando os televisores durante os noticiários da tevê estatal de Mianmar. "Essa é a atitude menos perigosa que a gente pode tomar", disse um residente.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou ontem uma resolução contra a repressão violenta às manifestações em Mianmar e pediu que o governo aceite receber, o mais rápido possível, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, relator especial da ONU para Mianmar.

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