A Junta Militar do Egito aceitou neste domingo (18) a proposta da comissão eleitoral para que as eleições legislativas sejam feitas a partir do dia 21 de novembro, anunciou o presidente da comissão, Abdel Muiz Ibrahim.
Em declarações à televisão egípcia publicadas pela Agência "Mena", Ibrahim destacou que o Conselho Supremo das Forças Armadas deve publicar um decreto no próximo dia 26 para convocar oficialmente as eleições, as primeiras desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.
Após a publicação do decreto, a Junta Militar abrirá o prazo para que os eleitores se inscrevam como candidatos nas eleições.
Segundo a proposta estipulada, as eleições para a Assembleia do Povo (Câmara Baixa) serão realizadas em três fases, sendo a primeira em 21 de novembro, enquanto as da Shura ou Câmara Alta acontecerão em 22 de fevereiro.
O presidente do órgão eleitoral garantiu que seu trabalho será o de organizar as eleições na data determinada para que o Egito "passe do sistema autocrático para o democrático".
Neste domingo (18), o vice-presidente do Conselho Supremo das Forças Armadas e chefe do Estado-Maior, Sami Anan, se reuniu com 47 representantes de partidos políticos, especialistas do Tribunal Constitucional, Comissão Eleitoral Suprema e Ministério do Interior para debater os pontos da organização das eleições.
Na reunião, que não contou com a presença dos jovens líderes da Revolução de 25 de Janeiro, os partidos políticos expressaram interesse em que a Comissão Eleitoral trabalhe com independência e com as devidas garantias, além de reivindicarem medidas jurídicas para impedir a participação de representantes do antigo Governo, como os integrantes do Partido Nacional Democrático, de Mubarak.
Após as eleições, está prevista a redação de uma nova Constituição e a realização de eleições presidenciais.



