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Londres – O caminhoneiro Stephen Wright, de 48 anos, terá de prestar contas à Justiça novamente no dia 2 de janeiro, depois de ouvir ontem as acusações formais contra ele, que é suspeito no caso dos assassinatos de cinco prostitutas em Ipswich, no sudeste da Inglaterra. Em meio a um forte esquema de segurança e à presença de vários jornalistas, Wright foi levado esta manhã até o Fórum de Ipswich, onde teve de confirmar sua identidade, data de nascimento e domicílio.

O homem aparentou tranqüilidade ao ouvir dos magistrados Peter West, Renu Mandal e Mark Shackell as acusações pelos assassinatos de Gemma Adams, de 25 anos; Tania Nicol, de 19; Anneli Alderton, de 24; Annette Nicholls, de 29 e Paula Clennell, de 24.

Wright permaneceu sob a custódia de três policiais durante os cinco minutos da audiência, segundo fontes judiciais. O caminhoneiro de Ipswich, que vivia próximo ao distrito onde as cinco mulheres trabalhavam, permanecerá detido em uma delegacia do condado de Suffolk, também no sudeste inglês. Wright foi acusado na noite de quinta-feira, horas antes do fim do prazo autorizado pela Justiça para que fossem apresentadas acusações contra os suspeitos.

O caso tem comovido o Reino Unido desde que os corpos das jovens prostitutas apareceram, entre os dias 2 e 12 de dezembro. Outro homem detido na segunda-feira como suspeito dos assassinatos foi colocado em liberdade na quinta-feira, depois de pagar fiança. As mulheres, todas usuárias de drogas, foram encontradas nuas, mas não apresentavam sinais de violência ou agressão sexual, e três delas – Nicol, Adams e Nicholls – ainda estavam com suas jóias. Os médicos legistas afirmam que Paula Clennell morreu por "uma opressão no pescoço" e Anneli Alderton foi estrangulada, mas continuam os exames para identificar como morreram Nicol, Adams e Nicholls.

De acordo com a Polícia de Suffolk, a acusação é resultado de progressos "significativos" nas investigações. O advogado de Wright, Paul Osler, advertiu ontem que toda pessoa é inocente até que seja julgada e condenada, em referência a imprensa britânica, condenando a divulgação da identidade do suspeito antes mesmo que ele tivesse sido formalmente acusado.

O promotor Michael Crimp afirmou ontem que a acusação de Wright era justificada porque havia provas suficientes. No entanto, Crimp recomendou aos jornalistas que não publicassem informações que pudessem prejulgar o processo judicial contra o acusado, pois todos "têm direito a um julgamento justo".

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