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Foto de arquivo. Ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez
Foto de arquivo. Ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez| Foto: Reprodução/Twitter

A ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez passará pelo menos um ano na prisão depois que um juiz prorrogou nesta terça-feira sua prisão preventiva por mais seis meses, pouco mais de uma semana depois que a ex-chefe de governo completou cinco meses em uma prisão em La Paz.

Um juiz anticorrupção da capital ordenou a medida de prisão preventiva por mais 180 dias como parte das investigações contra Áñez durante a crise política enfrentada pelo país vizinho em 2019, que levou à renúncia de Evo Morales, e que é considerada por apoiadores de Evo como um "golpe de Estado".

Luis Guillén, um dos advogados da ex-presidente, denunciou que a prorrogação da detenção preventiva responde à decisão de um juiz de investigação criminal que "decidiu separar o processo e encaminhar" o caso para um juiz anticorrupção. Ele reclamou que a nova medida foi tomada apesar de a defesa ter interposto um recurso que ainda não foi respondido. O advogado advertiu que a jurisdição do juiz anticorrupção no caso será certamente sujeita a revisão e proteção constitucional.

Através de sua conta no Twitter, administrada por familiares, a ex-presidente interina denunciou estar havendo uma divisão do processo para que sua detenção seja prolongada.

"Eles impõem em uma audiência preventiva mais 6 meses de privação injusta de liberdade, violando os direitos humanos e as garantias. Sem Justiça na Bolívia não há democracia", escreveram os familiares na rede social.

A defesa de Áñez apresentou, sem sucesso, vários recursos de liberdade de ação para poder se defender em liberdade. Em meados de julho, foi solicitada uma audiência com a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, para explicar a situação de prisão e informar sobre a situação de saúde da detida.

A ex-presidente foi presa em 13 de março em sua residência no departamento de Beni e está sendo processada por sedição e terrorismo. Há também outros casos abertos contra ela pelos chamados massacres de Sacaba e Senkata em 2019, pelos quais ela é acusada de genocídio. Nesses eventos, que ocorreram em meio à crise política na Bolívia, cerca de 20 civis que participavam de manifestações foram mortos por disparos de bala de forças policiais e militares.

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