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A Corte Suprema do Chile cassou nesta sexta-feira a imunidade do ex-ditador Augusto Pinochet, o que permite que ele seja interrogado por um juiz sobre contas secretas de US$ 27 milhões que manteve no exterior.

- Embora a sentença não esteja ainda assinada, posso dizer que, efetivamente, a cassação da imunidade do general Pinochet está confirmada - disse o presidente da Corte Suprema, Enrique Tapia.

A Justiça precisa se pronunciar a respeito de cada investigação movida contra Pinochet, de 90 anos, devido à imunidade que ele tem como ex-presidente. A imunidade já foi quebrada anteriormente, mas Pinochet sempre conseguiu se livrar dos julgamentos alegando problemas físicos e mentais.

Há suspeitas de que US$ 2 milhões das contas no exterior sejam resultado de desvio de verbas públicas.

A defesa diz que o processo é discriminatório e que, na verdade, é o Estado que deve dinheiro ao ex-militar.

Ainda nesta quinta-feira, Pinochet foi acusado por um médico de envolvimento na morte do ex-presidente Eduardo Frei Montalva (1964-1970), em janeiro de 1982. Segundo o depoimento do cirurgião Augusto Larraín, um elemento químico ministrado por médicos a serviço da ditadura de Pinochet causou a morte de Montalva. O médico operou o ex-presidente devido a uma doença menos grave.

- Minha opinião é de que houve um agente químico externo, mas não posso determinar o que foi, quem o pôs, como o puseram - disse Larraín, que pôs fim a 24 anos de silêncio e testemunhou diante do juiz Alejandro Madrid, que investiga a morte de Montalva.

Durante o regime de Pinochet (1973-90), mais de três mil pessoas morreram ou desapareceram, e cerca de 28 mil foram vítimas de torturas.

Com informações da agência Ansa.

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