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Torcedores de time do Cairo protestam, após justiça confirmar pena de morte para acusados de massacre em 2012 | Reuters
Torcedores de time do Cairo protestam, após justiça confirmar pena de morte para acusados de massacre em 2012| Foto: Reuters

Um tribunal penal egípcio condenou neste sábado (9) à prisão perpétua quatro acusados pelo massacre no estádio de Port Said e confirmou as penas de morte emitidas em janeiro contra outros 21 acusados. A corte, presidida pelo juiz Sobhi Abdelmeguid, ordenou que os condenados sejam enforcados pelos delitos de "assassinato e tentativa de assassinato" em Port Said.

As penas de morte já haviam sido pronunciadas em 26 de janeiro e enviadas ao mufti -máxima autoridade religiosa do Egito - para que ele emitisse sua sentença, embora ainda restasse a confirmação da Justiça. Além disso, a corte decretou hoje penas de prisão com prazos de um e 15 anos para o restante dos acusados, ao mesmo tempo em que absolveu outras 28 pessoas.

Entre os condenados a 15 anos de prisão estão duas antigas autoridades policiais de Port Said, enquanto outros sete membros da Polícia foram absolvidos.

As mais de 70 mortes no estádio ocorreram em fevereiro de 2012 no final de uma partida entre a equipe Al-Ahly, do Cairo, e o time local Al-Masry, e desde então têm sido motivo de protestos.

Revoltas após as sentenças de morte terem sido emitidas pela primeira vez têm ressaltado a piora nas condições de segurança nas cidades egípcias desde a derrubada do presidente Hosni Mubarak pela revolução de 2011.

Após confirmação de pena, torcedores do Cairo protestam

Em protesto contra a sentença, torcedores do time Al Ahly atacaram e incendiaram o Clube de Oficiais da Polícia e a sede da Federação Egípcia de Futebol, informaram à Agência Efe fontes da segurança.

Segundo a televisão estatal, milhares de radicais da torcida, conhecido como "Ultras Ahlawy", invadiram o Clube da Polícia e atearam fogo em algumas dependências.

Os bombeiros ainda estão tentando controlar o incêndio, segundo a agência estatal "Mena".

Além disso, alguns torcedores invadiram a Federação Egípcia de Futebol, que está localizada próxima à sede do Al Ahly, e, após saqueá-la, também incendiaram o local.

Segundo a CNN, em Port Said também foram registrados pequenos incêndios.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Ahmed Osman, disse que pelo menos dez pessoas sofreram sintomas de inalamento de fumaça no Cairo.

Em fevereiro de 2012, 72 pessoas, a maioria delas torcedores do Al Ahly, morreram no estádio de Port Said em confronto contra a torcida do time local, Al Masry.

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