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Justiça dos EUA diz que Google criou monopólio na publicidade online

Sede do Google em Mountain View, na Califórnia: com terceira decisão judicial em menos de dois anos acusando a empresa de monopólio, big tech pode ser forçada a vender parte dos seus negócios (Foto: EFE/EPA/JOHN G. MABANGLO)

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A Justiça Federal dos Estados Unidos atendeu em parte uma ação apresentada pelo Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) e determinou nesta quinta-feira (17) que o Google obteve ilegalmente “poder de monopólio” com publicidade na internet.

Segundo informações da CNN, a juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Leste da Virgínia, afirmou na decisão que, ao vincular seu servidor de anúncios a sua plataforma de anúncios para sites na internet, o Google conseguiu “estabelecer e proteger seu poder de monopólio nesses dois mercados”.

Foi a terceira decisão judicial nos Estados Unidos em menos de dois anos acusando a big tech de monopólio. Em dezembro de 2023, um júri federal concluiu que a loja de aplicativos do Google também é um monopólio ilegal.

Em agosto do ano passado, a Justiça Federal determinou que o Google desrespeitou a legislação do país ao estabelecer um monopólio nas áreas de ferramentas de busca e anúncios online.

Essas decisões podem gerar punições como forçar o Google a vender parte dos seus negócios.

Em um comunicado divulgado após a decisão desta quinta-feira, a vice-presidente de Assuntos Regulatórios do Google, Lee-Anne Mulholland, afirmou que a empresa venceu “metade deste caso e recorreremos da outra metade”, ao destacar que a juíza “considerou que nossas ferramentas para anunciantes e nossas aquisições, como a DoubleClick, não prejudicam a concorrência”.

“[Mas] discordamos da decisão do tribunal em relação às nossas ferramentas para editores [de sites]. Os editores têm muitas opções e escolhem o Google porque nossas ferramentas de tecnologia de anúncios são simples, acessíveis e eficazes”, alegou a vice-presidente.

Em 2023, quando o DOJ apresentou a ação, o Google havia declarado que o processo judicial poderia “retardar a inovação, aumentar as taxas de publicidade e dificultar o crescimento de milhares de pequenas empresas e editores”.

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