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Um juiz federal argentino determinou na terça-feira um novo pedido de prisão internacional, o segundo em menos de uma semana, contra a ex-presidente María Estela Martínez de Perón por crimes cometidos durante seu curto mandato entre 1974 e 1976.

Martínez de Perón, viúva de Juan Perón, fundador do partido Justicialista, atualmente no poder, está radicada na Espanha desde a década de 1980.

Na sexta-feira, a ex-presidente foi detida brevemente em Madri, a pedido de outro juiz argentino, devido a uma causa que investiga o desaparecimento de um jovem em 1976.

Agora o juiz federal Norberto Oyarbide busca interrogar a ex-presidenta sobre a Triple A (Aliança Anticomunista Argentina), um grupo parapolicial que atuou durante seu governo sequestrando e assassinando militantes de esquerda.

Segundo dados não oficiais, a Triple A atacou 2.000 pessoas.

Para Oyarbide, esse grupo clandestino recebeu proteção e apoio das instituições do Estado, conduzido por Martínez de Perón, também conhecida como Isabel.

A ex-presidente assumiu o poder após a morte do marido enquanto o país enfrentava a violência de grupos de esquerda e direita.

A onda de crimes nas ruas e descontrole político antecedeu um golpe de Estado que instalou uma ditadura militar em que até 30.000 pessoas desapareceram.

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