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O ex-primeiro-ministro Berlusconi ao votar em Milão, no domingo | Daniel Dal Zennaro/EFE
O ex-primeiro-ministro Berlusconi ao votar em Milão, no domingo| Foto: Daniel Dal Zennaro/EFE

Susto

Líder populista recebe pacote suspeito e chama esquadrão antibomba

Agência O Globo

Considerado o vencedor das eleições gerais na Itália, o comediante italiano Beppe Grillo, recebeu na manhã de ontem um pacote suspeito em sua casa, que provocou a intervenção do esquadrão antibombas da polícia militar italiana. A caixa de papelão fechada com fita marrom, continha a inscrição de "livros usados". Dentro, os policiais encontraram duas garrafas de vinho e uma mensagem de parabéns pelo resultado eleitoral, enviadas por um simpatizante do Movimento 5 Estrelas, legenda política de Grillo.

Depois de se recusar a formar uma aliança com a centro-esquerda e a dar seu voto de confiança a qualquer outra legenda, Grillo foi mais além ontem e desafiou os rivais a apoiarem um governo liderado por seu partido em ascensão.

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, que luta por uma divisão de poder após a eleição desta semana no país, foi colocado sob investigação por suspeita de subornar um senador para mudar de lado no Parlamento em 2006.

Dois dos advogados de Berlusconi, Niccolo Ghedini e Piero Longo, disseram que ainda não tinham recebido nenhuma notificação oficial sobre a investigação por parte dos magistrados de Nápoles, e que não comentariam até que fossem informados oficialmente.

As novas acusações acontecem enquanto os partidos italianos, incluindo o grupo de centro-direita de Berlusconi Povo da Liberdade (PDL), travam uma disputa para formar um governo após a eleição inconclusiva desta semana, que não resultou em nenhum partido com maioria no Parlamento.

Os promotores estão investigando alegações de que o senador Sergio de Gregorio recebeu 3 milhões de euros (R$ 7,7 milhões) para deixar seu partido e se juntar ao PDL, disseram as fontes a agências de notícia italianas.

O movimento de De Gregorio ajudou a desencadear a queda do governo passado de centro-esquerda, liderado por Romano Prodi.

O PDL não confirmou a investigação, mas um comunicado do secretário do partido, Angelino Alfano, afirma que "a agressão por magistrados contra Silvio Berlusconi está começando de novo". Ele disse que o partido vai organizar uma manifestação "para defender a soberania do Povo da Liberdade e da democracia italiana".

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