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A Justiça italiana abriu nesta sexta-feira uma investigação sobre alegações feitas por políticos de centro-esquerda de que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi está comprando votos no Parlamento, dias antes de uma votação que definirá o futuro da coalizão de governo.

Berlusconi, um magnata da mídia, enfrenta no dia 14 de dezembro duas votações de moções de confiança nas duas instâncias do Parlamento, o Senado e a Câmara dos Deputados. Uma derrota em qualquer uma delas o forçaria a renunciar e, possivelmente, resultaria na antecipação das eleições.

Ele vem repetindo que está certo de obter o voto de confiança até mesmo na Câmara, onde perdeu a garantia do apoio da maioria depois de ter rompido com Gianfranco Fini, seu ex-aliado.

Depois que alguns parlamentares oposicionistas disseram que iriam apoiar Berlusconi ou abster-se, políticos de centro-esquerda e o próprio Fini acusaram o primeiro-ministro e seu partido, Povo da Liberdade, de subornar deputados da bancada deles para obter apoio na votação.

Berlusconi negou as acusações, dizendo que seus inimigos políticos haviam calculado mal sua força, descartando-o erroneamente antes do tempo.

"Não acho que haverá tantos traidores assim. Teremos a maioria", disse ele na noite de quinta-feira.

Um dos mais persistentes críticos de Berlusconi, o ex-magistrado Antonio Di Pietro, líder do pequeno partido Itália de Valores (IDV), de centro-esquerda, entrou com uma queixa na promotoria de Roma nesta sexta-feira, o que resultou na abertura da investigação oficial.

"Nós estamos testemunhando corrupção no Parlamento", disse Luigi De Magistris, também do IDV. "Dinheiro, favores e outras coisas estão sendo oferecidos. Esta é uma questão para o Judiciário."

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