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A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi condenada em 2022 por fraude na concessão de obras públicas
A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi condenada em 2022 por fraude na concessão de obras públicas| Foto: EFE/Leo La Valle

O mais alto tribunal penal da Argentina rejeitou um recurso da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) contra uma decisão que tinha revogado o arquivamento de um caso em que está sendo investigada por sua suposta colaboração no crime de lavagem de dinheiro.

A Câmara Federal de Cassação Penal não acolheu a denúncia apresentada pela defesa de Kirchner no caso conhecido como “Rota do dinheiro K”, razão pela qual confirmou a revogação do arquivamento que a Câmara Nacional de Apelações em Matéria Penal e Correcional Federal havia decidido em 28 de novembro, conforme uma decisão emitida nesta segunda-feira (5).

O caso, iniciado em abril de 2013, investiga a também ex-vice-presidente (2019-2023) por supostas manobras de lavagem de capitais por meio do empresário de obras públicas Lázaro Báez, já condenado e com quem Cristina e o já falecido presidente Néstor Kirchner (2003-2007) tinham uma relação estreita.

Cristina foi favorecida com o arquivamento em 5 de junho de 2023 a partir de decisão do promotor do caso, Guillermo Marijuan, o mesmo que a acusou em 2016.

No entanto, a organização não governamental Bases Republicanas – próxima do Proposta Republicana, partido do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) – apresentou-se como demandante no caso e exigiu a reincorporação da então vice-presidente.

A Bases Republicanas conseguiu a reabertura do caso em 28 de novembro, quando a Câmara Federal revogou o arquivamento das acusações contra Cristina, e o caso foi devolvido ao juiz Sebastián Casanello.

Em seguida, Cristina apresentou um recurso contra a revogação do arquivamento, que foi finalmente rejeitada nesta segunda-feira, razão pela qual o caso permanecerá nas mãos de Casanello.

Este é um dos casos que ainda envolvem Cristina, que em 6 de dezembro de 2022 foi condenada a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos por ser considerada culpada de administração fraudulenta de fundos na concessão de obras públicas.

Essa sentença ainda não é definitiva, uma vez que também foi alvo de um recurso da ex-presidente.

Cristina perdeu seu foro privilegiado ao deixar o cargo de vice-presidente em 10 de dezembro de 2023. No entanto, os 70 anos que completou em fevereiro de 2023 lhe permitiriam pedir o benefício da prisão domiciliar. (Com Agência EFE)

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