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Ana Paula Maciel, presa desde 19 de setembro após participar de ato do Greenpeace | Igor Podgorny/Reuters
Ana Paula Maciel, presa desde 19 de setembro após participar de ato do Greenpeace| Foto: Igor Podgorny/Reuters

O tribunal de Justiça de Murmansk (Rússia) rejeitou ontem o pedido de liberdade provisória para a brasileira Ana Paula Maciel, 31 anos, ativista do Greenpeace. A decisão era esperada pelos advogados depois que as autoridades russas negaram o mesmo pedido para os demais ativistas detidos – são 30 no total.

A expectativa agora é pelo fim do prazo da prisão preventiva, no dia 24 de novembro, para saber o futuro dos ativistas. Eles poderão ser soltos ou terem a prisão prorrogada por causa das investigações em curso. O grupo foi preso em 19 de setembro no navio Arctic Sunrise, no Ártico, quando protestava contra a estatal russa de gás e petróleo Gazprom.

A Justiça russa anunciou na quarta-feira que trocou de pirataria para vandalismo a acusação contra os ativistas. A decisão é um alento aos detidos, porque o primeiro crime pode dar até 15 anos de prisão, enquanto o segundo chega a sete. Isso não significa, contudo, que eles serão soltos antes de 24 de novembro.

Violações

Ontem, Ana Paula apareceu em um vídeo divulgado pelo Greenpeace dizendo que teve vários direitos violados durante sua prisão e que considera "uma vergonha" que o mundo todo esteja vendo essas violações. No vídeo, de quase dois minutos, a ativista é filmada momentos antes de iniciar a audiência sobre o julgamento de seu pedido de fiança e declara que ama a mãe e o namorado. E que sente saudade dos dois, assim como da natureza.

Na gravação, a ativista porta um cartaz onde está escrito "Save the Arctic" (salve o Ártico). Ela também dá uma declaração, aparentemente a pedido do juiz, em que diz: "Eu gostaria de lembrar todas as violações que foram feitas contra a minha pessoa. E que é uma vergonha que o mundo veja que todas essas leis estão sendo violadas".

A mãe da ativista, Rosân­­gela Maciel, lamentou a decisão da Justiça russa, mas disse que já esperava pela recusa do pedido de fiança na medida em que o Tribunal de Murmansk não havia deferido nenhuma das apelações da defesa.

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