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Revolta árabe

Kadafi ameaça atacar a Europa

União Africana decide não executar ordem de prisão contra líder líbio e se oferece para mediar cessar-fogo

Moradores de Trípoli exibem bandeira oficial da Líbia na maior manifestação a favor de Kadafi desde o início da revolta popular no leste do país |
Moradores de Trípoli exibem bandeira oficial da Líbia na maior manifestação a favor de Kadafi desde o início da revolta popular no leste do país (Foto: )
Rebeldes carregam bandeira gigante do Reino da Líbia, em Benghazi |

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Rebeldes carregam bandeira gigante do Reino da Líbia, em Benghazi

Trípoli - O líder líbio, Muamar Kadafi, afirmou ontem que realizará ata­­ques na Europa, caso a Orga­­ni­­zação do Tratado do Atlântico Norte (Otan) continue sua campanha aérea no país do norte da África.

Kadafi fez a advertência em mensagem de áudio divulgada para milhares de partidários reunidos na praça principal da capital, Trípoli. Segundo ele, a menos que os ataques parem, "nós po­­demos decidir tratar vocês de maneira similar". Kadafi afirmou que "se nós decidirmos, po­­demos mover isso (a luta) para a Europa".

A manifestação de ontem em Trípoli foi uma das maiores a fa­­vor do governo nas últimas se­­manas.

A ameaça é feita dias após o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de prisão contra Kadafi e outros dois membros do regime, pela repressão a um levante contra o regime e por democracia que se transformou em guerra civil. A Otan realiza ata­­ques aéreos contra alvos do governo desde março.

Mediação

Líderes da União Africana se ofereceram ontem para mediar as negociações na Líbia para um cessar-fogo e a transição para um governo democrático, mas deixou em aberto se haverá qualquer função no futuro para Ka­­dafi.

A proposta foi apresentada para representantes do ditador e dos rebeldes que participam de uma cúpula de 53 nações na Gui­­né Equatorial. "Muito em breve vamos lançar negociações em Adis", afirmou a repórteres o pre­­sidente sul-africano, Jacob Zu­­ma, se referindo à capital da Etiópia onde está a sede da União Africana.

A União Africana também de­­cidiu que seus membros não vão executar a ordem de detenção emitida pelo Tribunal Penal In­­ternacional contra Kadafi. Em resolução, a UA pede ao Conselho de Segurança "aplicar os dispositivos para anular a sentença do TPI sobre a Líbia".

Combates

Depois de terem chegado a 80 quilômetros de Trípoli, rebeldes tiveram de recuar na ontem por causa de uma chuva de foguetes disparados pelas forças de Ka­­da­­fi. O avanço dos insurgentes até os arredores da pequena Bir al Ghanam, há cinco dias, abriu a perspectiva de uma conclusão da guerra civil iniciada há quatro meses.

Combatentes rebeldes que se concentraram em um penhasco perto de Bir al Ghanam, preparando-se para um ataque à capital, foram obrigados a recuar sob disparos dos foguetes Grad, de fabricação russa.

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