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Rebelde dispara lançador de granadas contra forças de Kadafi. Ao fundo, nuvem de fumaça sobe após explosão de um oleoduto da refinaria de Ras Lanuf, cidade em poder dos rebeldes | Goran Tomasevic/Reuters
Rebelde dispara lançador de granadas contra forças de Kadafi. Ao fundo, nuvem de fumaça sobe após explosão de um oleoduto da refinaria de Ras Lanuf, cidade em poder dos rebeldes| Foto: Goran Tomasevic/Reuters

Casa da família de ditador em Londres é invadida

Enquanto se preocupa em conter o avanço das forças rebeldes na Líbia, Muamar Kadafi sofreu um revés em território inesperado: um grupo de squatters (invasores residenciais) tomou uma mansão supostamente pertencente à família do ditador, localizada no requintado subúrbio londrino de Hampstead. Ao contrário da prática normalmente usada para imóveis abandonados, a tomada da mansão, avaliada em mais de US$ 15 milhões, tem cunho político, de acordo com o grupo responsável pela operação.

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"Potências devem pressionar"

Em 1986, Muamar Kadafi concedeu uma entrevista a um grupo de jornalistas estrangeiras. Finda a entrevista, ele as convidou, uma a uma, a entrar em uma sala mobiliada apenas com uma cama e uma televisão e fez uma proposta a cada uma das profissionais.

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Bombardeio deixa oleoduto em chamas

A refinaria da cidade de Ras Lanuf, no oeste da Líbia, ficou em chamas ontem em meio ao bombardeio das forças leais ao ditador Muamar Kadafi e os ataques com foguetes das forças rebeldes que controlam o local.

Os rebeldes dizem que as aeronaves de Kadafi atingiram um oleoduto que liga a cidade a Es Sider e lançou bombas em tanques de armazenamento de petróleo na região de Ras Lanuf.

Um líder rebelde em Ben­ghazi, reduto opositor no leste do país, acusou Kadafi de "jogar sujo" ao atingir os oleodutos.

Já a televisão estatal líbia culpou elementos armados "apoiados pela rede terrorista Al-Qae­da" pelas explosões, que teriam acontecido quando as forças governistas avançavam rumo a Ras Lanuf, cidade dominada pelos rebeldes.

Os aviões lançaram um amplo bombardeio perto das posições rebeldes, em torno do terminal de petróleo de Es Sider, explodindo os reservadores locais. Este terminal tem capacidade para exportar 200 mil barris de petróleo.

A rede de tevê Al Jazeera, que tem uma correspondente no local, disse que três colunas de fumaça preta e espessa saíam das instalações do terminal petrolífero, que conta com um porto e dois aeródromos.

Trípoli - Enquanto mantém os pesados ataques às forças rebeldes na Líbia, o ditador Muamar Kadafi, no poder desde 1969, enviou emissários à Europa pela primeira vez desde o início dos protestos contra o seu regime, no dia 15 de fevereiro.

A aparente tentativa de negociação ocorre pouco antes de encontro entre os ministros das Relações Exteriores da União Europeia e ministros da Defesa da Otan (aliança militar ocidental) que discutirá, entre outras coisas, a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

Desde o final de fevereiro, o país já sofre sanções do Conselho de Segurança da ONU que incluem veto a viagens de Kadafi e familiares.

O governo de Portugal anunciou que seu ministro das Relações Exteriores, Luís Amado, se reuniu em Lisboa com um enviado de Kadafi, cujo nome não foi divulgado. Hoje, a Chancelaria da Grécia também deve receber um emissário líbio em Atenas.

Segundo Portugal, a reunião foi feita com a anuência de Catherine Ashton, chefe da diplomacia da UE, e visava obter informações sobre os acontecimentos na Líbia antes da reunião dos chanceleres europeus, que se inicia hoje em Bruxelas (Bélgica).

O chanceler da Itália, Franco Frattini, disse ter sido informado de que outros enviados de Kadafi estavam a caminho de Bruxelas para conversar com funcionários da UE e da Otan. Segundo a Chancelaria italiana, não havia detalhes sobre a visita.

No Cairo, um oficial do Exército, que não quis revelar seu nome, disse que um dos chefes militares da Líbia, o general Abdul-Rahman al Zawi, estava em contato com a junta militar que governa o Egito desde a queda de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro.

Acordo difícil

A ideia da zona de exclusão é demarcar um território em que os aviões das forças de Kadafi, que estão bombardeando os insurgentes, não possam voar. Caso insistam, eles podem ser abatidos pelas forças internacionais.

Em entrevista à tevê da Tur­quia, Kadafi afirmou que oferecerá resistência armada se as potências ocidentais aprovarem a zona de exclusão – defendida pelo premier britânico, David Cameron, mas vista com restrições pelo secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates.

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