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Soldado das forças do governo visita uma capela improvisada na base militar de Slaviansk, na Ucrânia | Gleb Garanich/Reuters
Soldado das forças do governo visita uma capela improvisada na base militar de Slaviansk, na Ucrânia| Foto: Gleb Garanich/Reuters

Rússia precisa retirar tropas da Ucrânia, diz chanceler Angela Merkel

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Rússia deve retirar suas tropas da Ucrânia para que o plano de paz funcione. Merkel falou ontem com o presidente russo, Vladimir Putin, por telefone e pediu que a retirada total seja acompanhada do monitoramento da fronteira entre os dois países para evitar o fluxo de combatentes e armas aos separatistas pró-Rússia no leste ucraniano. Ela também elogiou as negociações entre Rússia, Ucrânia e a União Europeia sobre o comércio na região e pediu que essas conversas incluam a questão dos envio de gás natural russo para a Ucrânia. Os ucranianos e os países ocidentais asseguram que a Rússia está abastecendo a insurgência separatista no leste da Ucrânia com homens, armas e conhecimento, acusação que Moscou nega. O cessar-fogo entre rebeldes e os soldados ucranianos teve início no dia 5 de setembro, mas já foi violado diversas vezes.

Estadão Conteúdo

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, propôs ontem conceder três anos de autonomia para determinadas áreas das regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk.

O projeto de lei foi enviado ao Parlamento ucraniano. O documento inclui a anistia para os separatistas que não cometeram delitos graves e não estão envolvidos na queda do avião da Malaysia Airlines em Donetsk, em julho passado, com 298 pessoas a bordo.

Além disso, o presidente convocou eleições locais para 9 de novembro para que essas regiões escolham seus representantes.

Poroshenko também se comprometeu a garantir o uso do idioma russo nas regiões, uma das principais demandas dos insurgentes.

Os ministros de Relações Exteriores da Rússia, França e Alemanha se reuniram em Paris ontem para discutir a crise na Ucrânia, segundo uma fonte diplomática. Os ministros viajaram à capital francesa para a conferência sobre o combate ao Estado Islâmico.

A Rússia vai honrar todos os acordos com a União Europeia e a Ucrânia, mas tomará "medidas de proteção" se um pacto de associação entre o bloco e Kiev entrar em vigor, disse ontem o premiê, Dmitri Medvedev.

A União Europeia e a U­­crânia concordaram ontem em adiar a implementação do acordo de livre comércio até o final de 2015, o que seria uma concessão à Rússia. A crise na Ucrânia esfriou as relações entra Moscou e os países ocidentais.

Os aliados de Kiev acusam a Rússia de armar os separatistas do leste da Ucrânia, algo que Moscou nega.

Diante disso, os EUA e a UE ampliaram as sanções ao país na semana passada afetando os setores de petróleo e defesa. "A força da Rússia está sendo testada por sanções impostas pelo Ocidente, e o país tem de reagir de uma forma equilibrada", disse Medvedev. "É importante não sucumbir à tentação das chamadas soluções fáceis e [buscar] preservar o desenvolvimento do processo democrático na nossa sociedade, no nosso Estado", disse.

Combates

Seis civis morreram em combates intensos nas últimas 24 horas no principal reduto separatista de Donetsk, leste da Ucrânia. Este é o maior número de civis mortos desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 5 de setembro, entre as tropas ucranianas e os insurgentes pró-Rússia.

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