Ameaça
Rússia alerta Ucrânia que mais um conflito seria "catastrófico"
Reuters
Moscou e Kiev trocaram ontem acusações de descumprimento do cessar-fogo, e a Rússia alertou que uma retomada das hostilidades contra separatistas pró-Rússia no leste seria catastrófico para a Ucrânia.
Kiev acusou Moscou de enviar soldados e armas para ajudar os rebeldes a lançarem uma nova ofensiva no conflito, que matou mais de 4 mil pessoas.
A violência crescente, as violações do cessar-fogo e os relatos de comboios armados não identificados vindos da fronteira russa aumentaram os temores de que a frágil trégua firmada em 5 de setembro desmorone.
Moscou nega as acusações de envio de tropas e tanques nos últimos dias e diz que o cessar-fogo, tal como delineado no protocolo de Minsk, é a única solução para o conflito.
"[O fracasso do cessar-fogo] não deve ser permitido seria catastrófico para a situação na Ucrânia", afirmou o porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Alexander Lukashevich.
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que monitora a trégua, relatou haver várias colunas de soldados e tanques sem identificação se distanciando da divisa com a Rússia e se aproximando da região de Donetsk.
A Ucrânia afirmou ontem que as condições de segurança nas áreas tomadas por rebeldes no leste do país estão se deteriorando com a aproximação de militantes das linhas de demarcação que os separam das tropas do governo.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa, Andriy Lysenko, disse que o Exército russo está avançando com um grande número de soldados, incluindo unidades de defesa aérea, para a fronteira entre os dois países.
Kiev acusa os russos de darem apoio direto às forças separatistas, uma acusação que Moscou nega.
A declaração de Lysenko se segue a múltiplos relatos de que grandes comboios militares estão em movimento em áreas controladas pelos separatistas.
Donetsk
Caminhões transportando soldados, munição, combustível e artilharia de alto calibre foram avistadas viajando principalmente em direção à Donetsk, a principal cidade dos rebeldes.
Um acordo de cessar-fogo entre a Ucrânia e os rebeldes está em vigor desde setembro, mas tem sido invalidado por ambas as partes, na medida em que as hostilidades intensas prosseguem diariamente.
Acusações
O governo ucraniano insiste que as Forças Armadas da Rússia estão dando apoio ao grupos de rebeldes que se opõem a Kiev. O presidente Vladimir Putin nega que esteja envolvido no conflito no leste da Ucrânia, mas até imagens de satélite mostrando artilharia russa na região teriam provado que ele mente.
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