O líder norte-coreano Kim Jong-il pediu explicitamente às autoridades do regime, dois meses antes de sua morte em 17 de dezembro, respeito e lealdade para seu filho mais novo e sucessor, Kim Jong-un, informou nesta quarta-feira o principal jornal do país comunista, "Rodong Sinmun".
Segundo a publicação estatal, citada pela agência sul-coreana "Yonhap", em 8 de outubro o líder solicitou às elites norte-coreanas que apoiassem seu filho, do qual louvou a grandeza, e se unissem em torno do Partido dos Trabalhadores.
Para os analistas sul-coreanos, o texto publicado no "Rodong Sinmun" é um novo movimento na campanha propagandística do regime da Coreia do Norte para consolidar o jovem Kim Jong-un no poder e garantir assim a estabilidade no país.
O sucessor, cuja idade é estimada em entre 28 e 29 anos e está se consolidando com aparente êxito como líder máximo da Coreia do Norte, foi nomeado "comandante supremo" das Forças Armadas do regime no final do mês passado após a morte de seu pai, que governou o país durante 17 anos.
O "Rodong Sinmun" também publicou nesta quarta elogios que Kim Jong-il teria feito ao filho, ao qual teria definido como um homem com múltiplos talentos, muito versado em assuntos militares e com capacidade de liderança.
A morte de Kim Jong-il semeou dúvidas sobre a estabilidade do regime em seu vizinho do Sul, que mantém uma postura de defesa "sem fissuras" para evitar uma provocação da Coreia do Norte, segundo indicou nesta quarta o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak.
"A Coreia do Norte mostra uma atitude muito beligerante", indicou Lee às tropas durante uma visita a uma divisão de infantaria perto da fronteira com o país comunista, informou a "Yonhap".
Desde a morte de Kim, o Exército sul-coreano intensificou sua preparação para eventuais provocações do regime norte-coreano, como um teste nuclear ou de mísseis, durante o processo de consolidação da liderança de Kim Jong-un.
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