No primeiro semestre deste ano, o governo do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, gastou US$ 52,2 milhões em publicidade oficial, o que representa um aumento de 63% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo reportagem do jornal "O Globo". A maior parte dos recursos foi destinada aos ministérios de Saúde e Educação, à Receita Federal e às campanhas de divulgação de viagens do presidente, muitas delas com a primeira-dama e candidata do governo para as eleições do próximo dia 28 de outubro, Cristina Fernández de Kirchner.
Os dados foram recolhidos e divulgados pela Associação pelos Direitos Civis (ADC), que recentemente apresentou um projeto no Congresso para reformar as normas que regulam a publicidade oficial no país. O aumento registrado este ano é polêmico, não somente pela candidatura da primeira-dama, mas também as de ministros do Gabinete que participaram em eleições regionais.
Além disso, de acordo com a ADC, o governo gastou muito mais em divulgar viagens do presidente do que em campanhas de combate à informalidade e de vacinação. Ainda segundo a associação, alguns meios de comunicação opositores continuam sendo absolutamente excluídos da lista de empresas que recebem publicidade oficial.
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