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Empresas públicas, hospitais e escolas da província argentina de Santa Cruz (sul), cidade natal do presidente Néstor Kirchner, foram paralisadas nesta terça-feira por uma greve da oposição, liderada pela Igreja Católica, a quase dois meses das eleições presidenciais.

Os grevistas, que organizavam na tarde de terça-feira uma manifestação ao longo do Rio Gallegos, capital provincial situada a 2.800 Km ao sul de Buenos Aires, opõem-se às políticas do Governo federal.

"Algo novo está nascendo em Santa Cruz", disse o bispo católico de Rio Gallegos, Juan Carlos Romanín, ao anunciar esta semana a criação de uma coalizão opositora.

Santa Cruz, coem cerca de 200.000 habitantes, é um dos distritos menos povoados do país, com uma grande extensão de terra dedicada à agricultura e à criação de gado.

A força nasceu em meio ao repúdio gerado pela violenta atitude de um ex-funcionário partidário de Kirchner, Daniel Verizat, que na sexta-feira atropelou com sua caminhonete 17 manifestantes, ao ser cercado e hostilizado durante um protesto sindical, deixando vários feridos graves.

No seu primeiro documento público, os grevistas exigem o julgamento de Varizat, além de uma limpeza do Poder Judiciário de Santa Cruz.

Os grevistas também pedem a retirada dos efetivos da polícia militar, enviados há seis meses para garantir a ordem social e o aumento de emergência nos salários dos empregados estatais para 4.500 pesos (ou 1.400 dólares).

Outra organização, a central sindical opositora CTA, confrontada com a maioria oficialista CGT, convocou para a próxima quinta-feira uma jornada nacional de mobilização em solidariedade com os trabalhadores de Santa Cruz e para pedir julgamento e castigo a Varizat.

A jornada de protestos incluirá greves e manifestações em todo o país.

Seis pessoas permanecem hospitalizadas nesta terça-feira em conseqüência do atropelamento, entre elas uma mulher de 52 anos com insuficiência respiratória.

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