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| Foto: Casa Rosada/Fotos Públicas

A data da visita do presidente dos EUA, Barack Obama, à Argentina vem atraindo críticas contra o líder argentino, Mauricio Macri.

A visita, que ocorre após viagem de Obama a Cuba, coincidirá com o aniversário de 40 anos do golpe de Estado que retirou Isabelita Perón do poder, em 24 de março de 1976.

Na data, que é feriado nacional desde o governo de Néstor Kirchner (2003-2007), são realizadas manifestações em todo o país -- a maioria organizada por movimentos de esquerda.

“Que linda será a marcha do dia 24 recordando a Obama que seu país foi cúmplice e responsável pela ditadura”, escreveu no Twitter a escritora e política kirchnerista Gabriela Cerruti na quinta-feira (18), logo após o anúncio da viagem do dirigente americano.

A presidente das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, acusou Macri de convidar Obama para a visita para impedir a população de realizar a marcha.

“Ele [Obama] vem para ver se estão cumprindo as ordens que determinou”, acrescentou a opositora, que recebeu grande apoio do governo de Cristina Kirchner (2007-2015).

Os movimentos kirchneristas já se preparam para organizar na data a maior mobilização dos últimos anos.

Segundo a imprensa local, Macri também estuda realizar uma série de atividades no dia 24 para que os kirchneristas não se apropriem da data.

Está sob análise até mesmo a possibilidade de levar o presidente americano para conhecer o prédio da Esma (Escola de Mecânica Armada). O local foi o principal centro clandestino de detenção durante a ditadura.

Reunião macrista

Na última segunda-feira (15), Macri esteve pela primeira vez na antiga sede da escola -- que atualmente é o Espaço para a Memória e os Direitos Humanos- para uma reunião com ministros. A visita, porém, não repercutiu bem.

“Me estranha que Mauricio Macri faça uma reunião em um lugar tão especial depois de se negar a nos receber, disse Estela de Carlotto, presidente da associação Avós da Praça de Maio.

Entre os partidos de esquerda e os movimentos de direitos humanos, há a preocupação de que, durante o governo do novo presidente, de centro-direita, não se dê continuidade ao julgamento de agentes da ditadura.

Macri, no entanto, afirmou que isso não ocorrerá.

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