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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, voou nesta terça-feira para a região devastada do Sul do Líbano, onde são esperados cerca de 15 mil soldados de manutenção de paz da entidade para reforçar a trégua de 16 dias entre Israel e os guerrilheiros do Hezbollah.

No segundo dia de viagem ao Oriente Médio, Annan visitou uma base da atual força de paz da ONU (Unifil), que tem 2 mil homens, em Naqoura. Ele colocou flores em homenagem aos cinco membros da Unifil mortos durante os 34 dias de guerra.

Annan também deverá ir a regiões atingidas por ataques aéreos e artilharia israelenses, ante de viajar a Israel, para tentar garantir o cessar-fogo determinado pelo Conselho de Segurança da ONU.

- Sem a implementação completa da resolução 1701, temo que o risco de renovação das hostilidades seja maior - disse Annan, depois de uma série de encontros com líderes e políticos libaneses, incluindo membros e aliados do Hezbollah, em Beirute, na segunda-feira.

Annan disse que vai pedir para Israel levantar imediatamente seu bloqueio aéreo e naval sobre o Líbano, que foi imposto há quase sete semanas. Israel insiste que manterá as restrições até que o embargo de armas ao Hezbollah seja colocado em prática.

Annan encontrou-se com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e com os ministros da Defesa e do Interior na manhã de segunda-feira, junto com o comandante da Unifil, o major-general Alain Pellegrini, para debater medidas que o governo tomou para reforçar a segurança na fronteira.

Ele disse antes que pedirá para a Síria policiar sua fronteira com o Líbano para evitar o suprimento de armas ao Hezbollah.

Em entrevista coletiva em Beirute, Annan exortou o Hezbollah a libertar os dois soldados israelenses que capturou em ataque através da fronteira em 12 de julho, episódio que provocou o conflito. O Hezbollah quer trocar os dois soldados por prisioneiros libaneses que estão em penitenciárias israelenses através de negociações indiretas.

Annan deverá ir ainda à Síria e ao Irã, principais aliados do Hezbollah, ainda nesta semana.

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