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Mais de 25 anos depois do início da epidemia de Aids, existem várias drogas para tratar a infecção pelo HIV, mas um número alarmante de pacientes estão ficando resistentes à terapia, e os laboratórios buscam novas formas de combater o vírus.

Na semana que vem, uma conferência de cientistas ligados ao assunto em Los Angeles vai revelar novos e promissores produtos. ``Há uma confluência de novas drogas para sair e as pessoas estão muito entusiasmadas'', disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional para Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA.

Entre elas estão versões mais aperfeiçoadas de drogas que tradicionalmente combatem o HIV, além de medicamentos que atacam o vírus por mecanismos inovadores, inclusive bloqueando sua entrada nas células do sistema imunológico.

O vírus da imunodeficiência humana que causa a Aids infecta quase 40 milhões de pessoas no mundo todo. Cerca de 40 mil norte-americanos são infectados por ano.

Cerca de metade dos pacientes tratados param de responder a pelo menos uma droga, disse John Mellors, chefe de infectologia da Universidade de Pittsburgh.

A resistência está se tornando um problema porque o vírus sofre mutação, especialmente se os pacientes deixam de seguir com rigor os complicados regimes de medicação.

Na terça-feira, a Merck & Co. vai divulgar os resultados do ensaio com o MK-0518, de uma nova classe de drogas, os inibidores de integrase, que bloqueiam a informação genética de que o HIV precisa para se reproduzir. Na quarta, a Gilead Sciences Inc. vai apresentar dados sobre os ensaios com seu inibidor de integrase experimental, o GS-9137.

Uma outra classe nova e promissora de medicamentos age bloqueando a entrada do HIV nas células T, um tipo de linfócito essencial para o sistema imunológico. Elas atingem os receptores, chamados CCR5, que ficam na superfície das células T, e que servem de porta de entrada para o vírus da Aids. Por isso, esses remédios são chamados de inibidores de CCR5.

A Pfizer apresenta também na semana que vem dados sobre um ensaio com seu inibidor de CCR5, o maraviroc, que aguarda aprovação para uso nos Estados Unidos e na Europa.

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