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O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, disse a ministros do Comércio no sábado que chegou a hora de retomar as negociações do comércio internacional, e os ministros pareceram apoiar a idéia, disseram diplomatas.

Lamy fez a proposta a cerca de 30 ministros reunidos em Davos para ver se o progresso recente em discussões bilaterais entre grandes potências poderá levar a uma retomada completa das negociações na entidade de 150 países.

``Ele propôs retomar as negociações formais, e os ministros concordaram'', um diplomata disse à Reuters.

Durante um intervalo do encontro, um ministro de Comércio afirmou que, apesar de a proposta receber apoio, nenhuma decisão foi tomada ainda. Ele pediu para não ser identificado.

As negociações da OMC foram iniciadas em 2001 em uma tentativa de impulsionar a economia global e diminuir a pobreza, logo após os ataques terroristas nos Estados Unidos chocarem o mundo.

Elas foram suspensas em julho passado, em grande parte devido a uma disputa política na área da agricultura, e há risco de não haver tempo para as conversações avançarem neste ano.

``Nós estamos em um ponto em que as negociações formais podem ser reiniciadas'', disse o ministro do Comércio da Nova Zelândia, Phil Goff, antes do encontro.

``Não podemos dizer que estamos prestes a avançar significativamente, mas acho que estamos na direção certa'', Goff disse à Reuters.

A rodada de Doha da OMC é amplamente reconhecida como o maior pacote de comércio global negociado na história.

Líderes políticos reunidos em Davos para o Fórum Econômico Mundial disseram, na sexta-feira, que havia chegado a hora para todos fazerem sacrifícios para um acordo.

``Eu acho que todo mundo está preparado para fazer concessões agora, com o objetivo de ganhar algo muito maior'', disse o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, à CNN.

Ele afirmou esperar que as negociações sejam retomadas após ter conversado com o presidente norte-americano, George W. Bush, e com a chanceler alemã Angela Merkel.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que um acordo mostraria que os países ricos querem ajudar as nações em desenvolvimento, o que poderá trazer estabilidade a algumas regiões.

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