Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Exemplo de Martin Luther King

Le Pen reúne milhares em Paris em manifestação contra processo que tirou seus direitos políticos

Marine Le Pen reúne milhares em manifestação em Paris após perder direitos políticos por corrupção (Foto: YOAN VALAT/EFE)

Ouça este conteúdo

A líder da direita francesa, Marine Le Pen, impedida de concorrer às eleições presidenciais de 2027 devido a uma condenação por corrupção reuniu milhares de apoiadores em Paris neste domingo (6). Ela comparou sua estratégia à do ativista americano exemplo Martin Luther King, que lutou de forma pacífica por direitos civis. Le Pendeclarou que "não vai cruzar os braços" e denunciou "as mentiras, calúnias e julgamentos forjados" aos quais foi submetida.

Diante de milhares de apoiadores reunidos na Place Vauban, em Paris, Le Pen denunciou ser alvo de perseguição judicial, assim como outros líderes de direita, entre os quais citou o vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini.

"Não foi uma decisão judicial, foi uma decisão política", declarou a líder do partido Reagrupamento Nacional (RN), sob os aplausos de membros da legenda e apoiadores.

Le Pen considerou que, com essa condenação, os direitos civis estão em risco na França e chegou a citar Martin Luther King, pastor afro-americano e ativista que foi assassinado em 1968 por um segregacionista branco.

"Nossa luta será pacífica, uma luta democrática. Tomemos como exemplo Martin Luther King, que defendeu os direitos civis, os mesmos que estão sendo questionados na França hoje", declarou em tom de indignação.

A líder do RN, condenada por ser a principal responsável pelo desvio de 4,1 milhões de euros do Parlamento Europeu em benefício do partido, insistiu que "sofreu um processo político" e criticou a "brutalidade" da União Europeia (UE) e a parcialidade do Ministério Público da França.

"Tive que ser eliminada da vida política, e sem possibilidade de apelação", reclamou Le Pen, referindo-se à execução imediata de sua proibição de exercer cargos públicos por cinco anos, que ela espera ver reduzida em um recurso que será decidido em 2026, antes das eleições de 2027, para as quais, segundo as pesquisas, ela é a favorita.

A líder direitista e atual congressista disse ainda que "o Estado de direito e a democracia estão sendo desrespeitados" por sua condenação e lembrou que 13 milhões de eleitores "têm o mesmo valor" que os demais cidadãos.

Por fim, Le Pen esclareceu que não questiona o trabalho de todos os juízes e condenou as ameaças e insultos que alguns membros do Judiciário receberam após sua condenação.

Com informações da agência EFE

Use este espaço apenas para a comunicação de erros