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Ciudad del Este – O comerciante libanês Mohamad Barakat, 36 anos, seqüestrado há 20 dias na fronteira do Brasil e Paraguai, foi libertado por volta da meia noite de ontem na rodovia Supercarretera, que liga Ciudad del Este, fronteira com Foz, ao município de Puerto Franco. A polícia não foi informada sobre o valor do resgate, mas segundo amigos da família, foram pagos US$ 150 mil.

De acordo com informações da imprensa paraguaia, os seqüestradores libertaram Barakat cinco horas após terem recebido o dinheiro, entregue pela família, sem a presença da polícia, em um bairro de Ciudad del Este. No mesmo local, a quadrilha havia deixado aos familiares provas de que Barakat estava vivo, incluindo fotos do comerciante e assinaturas dele feitas em papel.

Abatido e com quatro quilos a menos, Barakat conversou ontem com a imprensa. Ele disse que não sabe informar os locais dos cativeiros e afirma ter permanecido por um bom tempo com os olhos vendados e ouvindo uma rádio de Ciudad del Este. O comerciante ainda diz ter escutado conversas em guarani e português, sugerindo haver paraguaios e brasileiros na quadrilha. "Eles me deixavam comer, tomar banho. Havia muita gente e muita arma", afirma.

Logo após ter sido abandonado, Barakat caminhou por 40 minutos, até encontrar um táxi que o levou para seu apartamento, no centro de Ciudad del Este. De acordo com ele, inicialmente os sequestradores queriam US$ 2 milhões de resgate.

Segundo o chefe de relações públicas da Polícia Nacional do Paraguai, Augusto Lima, Barakat foi ouvido logo após ter sido libertado. A polícia ainda pretende colher novos depoimentos dele na tentativa de elucidar o caso.

O libanês disse que foi abordado em Foz do Iguaçu, na noite do dia 6 de março, quando transitava pela BR-277, nas proximidades do viaduto da avenida Juscelino Kubistcheck, logo após ter visitado parentes. Duas caminhonetes fecharam o veículo dele. Quatro homens saíram armados com pistolas identificando-se como policiais. Em seguida, anunciaram o seqüestro.

Um dos bandidos vestiu a camisa do comerciante e cruzou com a caminhonete dele para o lado do paraguaio, deixando o veículo próximo a um hospital. Enquanto isso, Barakat foi levado a um cativeiro em Foz do Iguaçu, onde permaneceu por quatro dias para então ser transferido a Ciudad del Este, dentro do porta-malas de um carro. Os seqüestradores teriam optado por levar o comerciante ao Paraguai, provavelmente cruzando a Ponte da Amizade de carro, depois de serem informados sobre a participação da polícia brasileira nas investigações. Segundo a polícia paraguaia, o possível cativeiro do comerciante no Paraguai seria uma fazenda ou área rural.

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