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Soldado do Exército Livre da Síria espia as forças fiéis a Assad por um buraco na parede, em Aleppo | Molhem Barakat/Reuters
Soldado do Exército Livre da Síria espia as forças fiéis a Assad por um buraco na parede, em Aleppo| Foto: Molhem Barakat/Reuters

Interatividade

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  • Ake Sellstrom, chefe dos investigadores da ONU

O ministro de Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansur, afirmou ontem que uma ação militar contra a Síria teria "repercussões negativas" em toda a região e alertou que seu país responderá se Israel aproveitar este contexto para atacar o Líbano.

"Uma guerra contra a Síria não seria um passo em direção à paz e à estabilidade" desse país e da região, disse Mansur à emissora A Voz do Povo, no meio da crescente pressão internacional contra o regime de Damasco.

O chefe da diplomacia declarou que "o Líbano não permanecerá com os braços cruzados caso Israel aproveite um ataque contra a Síria para abrir uma frente com [o grupo xiita] Hezbollah no sul do Líbano".

"A resistência [braço armado do Hezbollah] está sempre preparada para qualquer ataque, independentemente de seu envolvimento nos combates na Síria", acrescentou.

As ameaças de Estados Unidos, Reino Unido e Fran­ça, entre outros, contra Damasco, aumentaram desde que a oposição síria denunciou na última quarta-feira a morte de mais de mil pessoas em um ataque químico do regime contra a periferia da capital.

A Liga Árabe pediu ontem ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que supere as discordâncias entre seus membros e tome medidas "dissuasórias e necessárias" contra o regime sírio pelo suposto uso de armas químicas contra civis.

Diante desta resolução, o Líbano se absteve de participar na linha da política de distanciamento defendida pelas autoridades desde o começo do conflito na Síria em março de 2011.

Diplomacia

Dirigente da ONU pede que Irã convença Síria a negociar saída pacífica

Reuters

Um alto funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) em visita ao Irã pediu ao governo local que use sua influência para convencer o regime sírio a participar de negociações de paz com a oposição em Genebra.

Jeffrey Feltman, subsecretário-geral para Assuntos Políticos, passou dois dias em Teerã discutindo a busca por uma solução para a crise síria, num momento em que potências ocidentais cogitam um ataque para punir o presidente Bashar Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis.

"Feltman partilhou a posição da ONU de que o Irã, dada a sua influência e liderança na região, tem um importante papel a desempenhar e uma responsabilidade em ajudar a trazer as partes sírias para a mesa de negociação", disse Farhan Haq, porta-voz da ONU.

Divisão

O conflito sírio divide o Oriente Médio por questões sectárias. O Irã, xiita, apoia Assad e sua seita minoritária alauita contra uma rebelião promovida principalmente pela maioria sunita, incluindo grupos militantes islâmicos, que têm a simpatiza de países árabes do Golfo Pérsico.

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