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O jornalista americano Steve Centanni e o cinegrafista Olaf Wiig, ambos da rede de TV Fox, foram libertados neste domingo 13 dias depois de seqüestrados pela "Brigada da Sagrada Jjihad", em Gaza, e terem se convertido ao Islã durante o cativeiro.

O anúncio oficial da libertação foi feito pelo Ministério do Interior da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Pouco antes, a Fox anunciara que havia negociado a libertação de seus correspondentes. Os dois jornalistas foram deixados em um hotel na cidade de Gaza e aparentavam bom estado de saúde.

Pouco antes de serem libertados, a organização islâmica, até então desconhecida, anunciou, em vídeo entregue à rede Al Jazeera, que os seqüestrados salvaram suas vidas depois de aceitarem a religião de Maomé.

Para isso, segundo as normas religiosas muçulmanas, tiveram que afirmar diante de seus seqüestradores: " Declaro e creio que Alá é o único Deus e não há outros depois dele, e Maomé é o profeta de Alá".

Antes de adotar a religião islâmica, segundo as normas, Centanni, de 60 anos, e Olaf, de 36, tiveram que se purificar passando por um ritual de banho.

Pouco depois da divulgação do vídeo com os dois jornalistas exibido pela Fox, o ministro do Interior da Autoridade Palestina, Said Seyam, disse que a libertação ocorreria em poucas horas.[Muita emoção após a libertação - Reuters TV]

Na última quarta-feira, os seqüestradores, que levaram os correspondentes em plena luz do dia em Gaza, deram prazo de 72 horas para que os EUA libertassem todos os presos muçulmanos ou os jornalistas teriam que "sofrer as conseqüências".

Esse prazo, ampliado na sexta-feira para mais oito horas, venceu à meia-noite, antes da divulgação do vídeo da Al-Jazeera.

Em nenhuma momento, as "Brigadas da Sagrada Jihad" disseram ter a intenção de executar os jornalistas, caso Washington rejeitasse sua exigência. No entanto, responsabilizaram os EUA pela morte de palestinos em ataques realizados por Israel, que usa armas de origem americana.

As autoridades americanas sequer responderam às ameaças do grupo.

Pouco se sabe sobre as "Brigadas do Sagrado Jihad", nem mesmo se os membros são palestinos ou radicais islâmicos infiltrados no país.O SEQÜESTRO

Os membros das "Brigadas" eram procurados pelos organismos de segurança da ANP desde que capturaram os jornalistas.

No dia 14, o carro em que viajavam os correspondentes da Fox, foi interceptado e os jornalistas obrigados a passarem para outro veículo.

O presidente da ANP, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro Ismail Haniye, assim como várias organizações palestinas, criticaram os seqüestradores por "atentarem contra os interesses nacionais do povo palestino".

A associação de jornalistas Palestinos, que também protestou contra o seqüestro, tinham planejado uma greve geral para esta segunda-feira.

Esse foi o mais longo seqüestro de jornalistas na região.

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