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Centenas de líbios entregaram suas armas neste sábado (29) em centros de coleta do exército em Trípoli e Benghazi, a grande cidade do leste, após uma campanha pelo desarmamento e fim das milícias formadas por ex-combatentes, indicaram autoridades do país.

"Não nos surpreendemos com a participação", declarou o coronel Husein Abdalá Jalifa em Trípoli, onde o organizador da campanha, Ziad Hadia, afirmou à AFP que mais de cem pessoas entregaram "armas leves, médias e pesadas, assim como munições que vão desde balas até foguetes de tanques".

"Recebemos três mísseis", indicou Hadia, que assegurou que um homem havia se apresentado para devolver um tanque, que deve ser recolhido pelas forças armadas em um lugar não informado.

Em Benghazi, o exército recolheu mais de 200 armas, segundo um jornalista da AFP.

Esta coleta representa uma ínfima parte das armas roubadas em massa dos arsenais durante a queda de Muamar Kadafi, em 2011, mas se trata de um primeiro passo em um país onde a insegurança leva os habitantes a se protegerem por conta própria.

"Para conquistarmos a segurança, devemos dar o primeiro passo", declarou Mustafá Abu Hmeid, um mecânico de 23 anos que exibia um fuzil.

"Enquanto houver armas nas ruas, não poderemos andar livremente ou levar uma vida normal", declarou Mariam Abu Suera, uma dona de casa.

A coleta é organizada pelo exército e pelo canal de televisão Al Hurra, que exibiu programas ao vivo de Trípoli e Benghazi.

Após o ataque contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi, em 11 de setembro, que resultou na morte de quatro pessoas, entre elas o embaixador Chris Stevens, importantes manifestações nesta grande cidade do leste denunciaram a impunidade das milícias e obrigaram as autoridades a iniciar uma grande limpeza entre esses grupos armados que surgiram após o conflito.

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