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Líder checheno, Ramzan Kadyrov, na cerimônia de anexação de territórios ucranianos à Rússia na sexta-feira (30), em Moscou.
Líder checheno, Ramzan Kadyrov, na cerimônia de anexação de territórios ucranianos à Rússia na sexta-feira (30), em Moscou.| Foto: EFE

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promoveu para a patente de coronel-general nesta quarta-feira (05) o líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, que há alguns dias criticou duramente o Exército russo e pediu o uso de armas nucleares na Ucrânia.

Kadyrov, que enviou um grande número de chechenos para combater na guerra da Ucrânia, considerou "uma grande honra" se tornar general das Forças Armadas.

"Sou extremamente grato ao nosso comandante-chefe por valorizar muito meus serviços. Prometo que não trairei a confiança depositada em mim de antemão", disse.

Embora o Exército russo tenha se retirado nos últimos dias de várias cidades nas regiões anexadas de Donetsk e Kherson, Kadyrov assegurou que "neste exato momento" as tropas russas estão recuperando territórios.

Kadyrov defendeu no último sábado (01) "medidas mais radicais" na Ucrânia por parte da Rússia, incluindo o uso de "armas nucleares de baixa potência".

"Na minha opinião, devem ser tomadas medidas mais radicais ao ponto de declarar lei marcial nos territórios fronteiriços e empregar armas nucleares de baixa potência", afirmou.

O líder checheno criticou duramente a retirada no sábado do Exército russo da cidade estratégica de Lyman, na região ucraniana de Donetsk, e acusou o general Aleksandr Lapin, comandante do distrito militar central, encarregado da defesa daquela área de Donbass.

Em seguida, o Kremlin minimizou essas declarações e elogiou a contribuição de Kadyrov na "operação militar especial", embora tenha acrescentado que prefere ser guiado por "avaliações equilibradas e objetivas".

Na cerimônia de assinatura da anexação de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhya, Putin advertiu na última sexta (30) que Moscou usará "todas as forças e meios" à sua disposição para defender seu território nacional, sem mencionar as armas nucleares.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aproveitou sua recente intervenção na Assembleia Geral da ONU para acusar Putin de fazer "ameaças irresponsáveis sobre o uso de armas nucleares".

Na mesma linha, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, criticou a retórica nuclear "perigosa" de Putin depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou a entrada na Aliança Atlântica após a anexação russa de quatro regiões na última sexta-feira.

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