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Manifestantes colocaram “chifres” no líder chinês | Alex Ogle/AFP
Manifestantes colocaram “chifres” no líder chinês| Foto: Alex Ogle/AFP

Uma manifestação pró-democracia interrompeu o discurso do presidente chinês, Hu Jintao, durante a cerimônia de posse do novo governante de Hong Kong ontem, enquanto centenas de residentes marchavam em protesto ao regime de Pequim durante o 15.º aniversário do retorno ao controle chinês do centro financeiro asiático.

Um manifestante que tentou interromper o início do discurso de Hu foi levado por autoridades de segurança. Ele era um dos convidados para a cerimônia e levantou uma bandeira e gritou slogans pedindo ao líder chinês que condenasse a reação bruta de Pequim à manifestação popular na Praça da Paz Celestinal em 4 de junho de 1989. Ele também pediu o fim do regime de um único partido na China. Hu ignorou e continuou a ler seu discurso, mas o incidente marcou o que seria uma visita perfeitamente orquestrada para enfatizar a solidez dos laços entre Hong Kong e a China continental.

A efusão de descontentamento esconde uma crescente tensão entre a China comunista e a vibrante cidade de 7 milhões de habitantes, que voltaram a ser governados pela China em 1997 após mais de um século de controle britânico. Embora a desigualdade econômica e a limitação à democracia sejam os principais motivos da insatisfação, os residentes de Hong Kong estão também incomodados com o comportamento chinês, que consideram arrogante – por exemplo, a escolha da língua para o discurso de posse deste domingo foi o mandarim originário de Pequim em vez do dialeto cantonês falado localmente.

Na cerimônia, o milionário Leung Chun-ying, de 57 anos, tornou-se o terceiro executivo-chefe de Hong Kong, após Donald Tsang e Tung Chee-hwa. Ele prometeu atender as necessidades econômicas dos habitantes de Hong Kong, incluindo questões relacionadas à disparada dos preços dos imóveis, a qual muitos atribuem à demanda por apartamentos dos abonados chineses.

O novo líder de Hong Kong é filho de um oficial da polícia e substitui o burocrata de carreira Tsang, que assumiu em 2005 e não pode concorrer a outro termo.

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