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"Comando ativo" de Bin Laden é visto com ceticismo no Paquistão

Autoridades da área de segurança do Paquistão reagiram com ceticismo neste domingo à afirmação norte-americana de que Osama bin Laden estava comandando de forma ativa a Al Qaeda da casa de Abbottabad, onde ele foi morto no dia 2 de maio.

No sábado, Washington disse que, com base em documentos e dados de computadores retirados da casa, o esconderijo de Bin Laden no Paquistão era um "centro ativo de comando e controle" da Al Qaeda.

"Isso soa ridículo", afirmou uma autoridade da área de inteligência do Paquistão. "Não parece que ele estava comandando uma rede de terror."

O Paquistão, que depende muito da ajuda bilionária dos Estados Unidos, está sob intensa pressão para explicar como Bin Laden pode ter ficado anos no país sem ter sido detectado, há apenas algumas horas de distância da capital Islamabad.

Aumentaram as suspeitas que a ISI, sigla para a agência de inteligência paquistanesa, que tem uma longa história de contatos com grupos militantes, pode haver tido ligações com Bin Laden ou com alguns de seus aliados. A agência costuma ser descrita como um Estado dentro do Estado.

O Paquistão tem rechaçado essas suspeitas.

A Casa Branca afirmou que não encontrou evidências de que o governo paquistanês sabia que Bin Laden vivia no país.

O premiê Yusuf Raza Gilani fará na segunda-feira, no Parlamento, o seu primeiro discurso depois da morte de Bin Laden.

Dezoito pessoas, incluindo um líder da Al Qaeda e uma importante autoridade antiterrorismo iraquiana, morreram em um confronto entre presidiários e forças de segurança durante uma tentativa de fuga em um presídio em Bagdá no domingo, informaram autoridades de segurança.

Huthaifa al-Batawi, conhecido como o "Emir de Bagdá" da Al Qaeda e acusado por um ataque contra uma igreja católica, foi um dos 11 importantes militantes da Al Qaeda mortos, disse o porta-voz de segurança de Bagdá, general Qassim al-Moussawi.

Moussawi disse também que sete agentes de segurança --incluindo o brigadeiro Muaid Mahdi, chefe de investigações da unidade anti-terrorismo-- morreram no confronto e um outro ficou ferido.

A rebelião no presídio da unidade antiterrorismo do Ministério do Interior no centro de Bagdá teve início quando um detento pegou uma arma de um guarda, matando vários guardas e autoridades ministeriais, e deu a arma para outros detentos, disse Moussawi.

Presidiários assumiram o controle de uma seção da unidade por várias horas antes de uma equipe da Swat controlar a situação, disseram autoridades de segurança.

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, ordenou uma investigação sobre o incidente e pediu que forças de segurança reforcem a vigilância.

"Não podemos permitir que tais retrocessos aconteçam na área da segurança", disse Maliki em comunicado divulgado por seu gabinete.

Forças iraquianas se preparam para assumir a responsabilidade pela segurança antes de uma retirada completa das tropas dos EUA do Iraque até 31 de dezembro, de acordo com um pacto de segurança comum.

A cadeia abrigava cerca de 250 presos, muitos deles membros da Al Qaeda, disse uma fonte.

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