Um tribunal do Egito condenou nesta quinta-feira o guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, à morte, junto de outros 13 dirigentes da organização por assassinato e incitação ao terrorismo, entre outras acusações.
Agora o mufti da República, Shauqui Alam, deverá emitir uma sentença não vinculativa sobre o caso e, segundo a agência estatal de notícias "Mena", a corte dará a decisão definitiva em 3 de agosto.
Os islamitas foram considerados responsáveis pelo Tribunal Penal de Guiza dos atos violentos que ocorreram após o golpe militar que derrubou o presidente Mohammed Mursi em julho.
Eles foram condenados pelo assassinato de dez pessoas e por ferir outras 20 nos confrontos que aconteceram nas imediações da mesquita de Al Istiqama, no distrito de Guiza, vizinho ao Cairo. E por incitar o vandalismo e o terrorismo.
Entre os condenados estão, além de Badia, o dirigente da confraria Mohammed el Beltagui, o vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade), Esam al Erian; e o influente clérigo islamita Safuat al Higazi.
O guia supremo da Irmandade já tinha recebido uma condenação provisória à morte em 28 de abril por um tribunal da província de Minia, no sul do país, junto de várias centenas de islamitas.
Desde a cassação de Mursi, as autoridades passaram a considerar a Irmandade Muçulmana um grupo terrorista, perseguiram os membros e líderes.
Os islamitas, por sua vez, se negam a reconhecer o processo político atual e insistem na restituição de Mursi à presidência.



