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Porto Príncipe (Reuters) – As gangues que controlam a maior e mais violenta favela do Haiti, a Cité Soleil, vão entregar as armas e parar de combater o governo se René Préval se tornar presidente, disse um importante líder dos grupos armados. Augudson Nicolas, conhecido como general Toutou, disse que os grupos entregarão as armas ao governo de Préval em cerimônia pública, levando a paz à Cité Soleil, que presenciou batalhas entre homens armados e soldados de paz da ONU nos últimos meses.

Os primeiros dados da apuração mostram uma liderança de 61% para Préval na eleição realizada na terça-feira. Se o resultado se confirmar, ele ganhará no primeiro turno, evitando o segundo turno programado para 19 de março. "Não estamos mais interessados em usar armas. As eleições aconteceram. Teremos um governo legítimo", disse Nicolas à Reuters em entrevista, na quinta-feira, na Cité Soleil, onde vivem aproximadamente 300 mil pessoas. Já houve promessas de desarmamento no passado, que não foram cumpridas.

Mesmo assim, a missão da ONU no Haiti, comandada pelo Brasil, recebeu bem a proposta de Nicolas. "A questão é tirar as armas da Cité Soleil", afirmou David Wimhurst, porta-voz da ONU.

A pacificação da Cité Soleil é vista como essencial para controlar a violência no Haiti, mergulhado na instabilidade desde a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide, em 2004. O temor de que houvesse uma explosão de violência próximo às eleições não se concretizou. A polícia e funcionários da ONU acreditam que as gangues convocaram um cessar-fogo, sabendo que Préval tinha boa chance de ganhar.

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