Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Manifestações

Líder do Iêmen convocará eleições presidenciais "o mais rápido possível"

Ali Abdullah Saleh, que se mantém no poder apesar de uma onda de manifestações contra seu governo de 33 anos, afirmou que está confiante que o Iêmen encontrará o caminho para sair da crise

O líder do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, que permanece na Arábia Saudita, onde se recupera dos ferimentos sofridos em uma tentativa de assassinato no dia 3 de junho, anunciou que convocará eleições presidenciais "o mais rápido possível".

Em carta aberta, publicada pela agência oficial de notícias iemenita "Saba", Saleh assinalou que se "comprometeu com a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e com os esforços e o comunicado do Conselho de Segurança".

Com tudo isso, o líder pretende "organizar o mais rápido possível eleições gerais livres e diretas para o novo presidente da República".

"A rota está clara para determinar as prioridades na implementação dos próximos passos, dentro do marco do respeito à Constituição, e para se ajustar à manutenção da legitimidade constitucional", assinalou Saleh em seu discurso por ocasião da festa do Eid el Fitr, que marca o fim do mês sagrado islâmico Ramadã.

Além disso, o líder destacou ter autorizado o Comitê Geral de seu partido a manter conversas com os líderes da oposição, os ministros das Relações Exteriores do CCG e os embaixadores da União Europeia e dos EUA para concordar um mecanismo de aplicação da iniciativa do CCG e assiná-lo "sem demora".

A proposta do CGG estipula uma transferência do poder ao vice-presidente, Abdo Rabu Mansur Hadi, no prazo de um mês após sua assinatura e a realização de eleições dois meses depois.

A iniciativa dos países do Golfo foi assinada pela oposição iemenita, mas foi rejeitada em última instância pelo presidente em três ocasiões.

O presidente do Iêmen se comprometeu a apoiar os esforços de diálogo com a oposição, liderados pelo vice-presidente, Abdul Rabbo Mansur Hadi, e disse que "se requer que todos se sentem à mesa de diálogo e mantenham o novo espírito de um novo programa nacional".

Saleh ressaltou que o diálogo com a oposição na transição do poder deve se basear no "respeito à Constituição", e explicou que, sem esse entendimento, o país pode "cair no abismo da agonia e estender a guerra civil".

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.