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O líder do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, que permanece na Arábia Saudita, onde se recupera dos ferimentos sofridos em uma tentativa de assassinato no dia 3 de junho, anunciou que convocará eleições presidenciais "o mais rápido possível".

Em carta aberta, publicada pela agência oficial de notícias iemenita "Saba", Saleh assinalou que se "comprometeu com a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e com os esforços e o comunicado do Conselho de Segurança".

Com tudo isso, o líder pretende "organizar o mais rápido possível eleições gerais livres e diretas para o novo presidente da República".

"A rota está clara para determinar as prioridades na implementação dos próximos passos, dentro do marco do respeito à Constituição, e para se ajustar à manutenção da legitimidade constitucional", assinalou Saleh em seu discurso por ocasião da festa do Eid el Fitr, que marca o fim do mês sagrado islâmico Ramadã.

Além disso, o líder destacou ter autorizado o Comitê Geral de seu partido a manter conversas com os líderes da oposição, os ministros das Relações Exteriores do CCG e os embaixadores da União Europeia e dos EUA para concordar um mecanismo de aplicação da iniciativa do CCG e assiná-lo "sem demora".

A proposta do CGG estipula uma transferência do poder ao vice-presidente, Abdo Rabu Mansur Hadi, no prazo de um mês após sua assinatura e a realização de eleições dois meses depois.

A iniciativa dos países do Golfo foi assinada pela oposição iemenita, mas foi rejeitada em última instância pelo presidente em três ocasiões.

O presidente do Iêmen se comprometeu a apoiar os esforços de diálogo com a oposição, liderados pelo vice-presidente, Abdul Rabbo Mansur Hadi, e disse que "se requer que todos se sentem à mesa de diálogo e mantenham o novo espírito de um novo programa nacional".

Saleh ressaltou que o diálogo com a oposição na transição do poder deve se basear no "respeito à Constituição", e explicou que, sem esse entendimento, o país pode "cair no abismo da agonia e estender a guerra civil".

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