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O contestado presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, disse hoje que estava pronto para uma transferência "pacífica" de poder, seguindo a Constituição do país, segundo comunicado divulgado por seu escritório. Não está claro, porém, se isso poderia incluir a renúncia imediata de Saleh ou se ele pretende sair apenas ao final de seu mandato, em 2013.

Além disso, Saleh agradeceu os "esforços" dos vizinhos do Golfo Pérsico para acabar com a crise política no país. "Em cumprimento aos comunicados que (ele) fez várias vezes, sua excelência o presidente não tem reservas em transferir o poder pacífica e calmamente, no âmbito da Constituição", afirma o texto. Saleh vinha ressaltando, porém, que não pretendia renunciar antes do final de seu mandato.

O texto diz que o presidente iemenita novamente "saúda os esforços exercidos pelos irmãos do Conselho de Cooperação do Golfo para ajudar a se encontrar uma solução para a atual crise no Iêmen". O comunicado não afirma, porém, se Saleh aceita uma proposta direta do conselho para que ele renuncie, a fim de garantir uma transferência pacífica de poder para seu vice, Abdrabuh Mansur Hadi.

"A República do Iêmen ressalta que ela lidará positivamente com o comunicado (do conselho) como uma base para o diálogo", afirma o comunicado da presidência. Ontem, houve um encontro de ministros das Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo em Riad, na Arábia Saudita.

Saleh está no poder desde 1978 e enfrenta fortes protestos exigindo sua saída desde o fim de janeiro. Na sexta-feira, ele rechaçou que pudesse renunciar, qualificando o pedido nesse sentido feito pelo primeiro-ministro do Catar como uma flagrante interferência em assuntos internos do Iêmen. Em protesto pela fala do premiê do Catar, o Iêmen convocou seu embaixador em Doha para consultas.

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