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O presidente do Sinn Féin, Gerry Adams, foi detido pela polícia da Irlanda do Norte por sua relação com o assassinato da católica Jean McConville cometido em 1972 pelo IRA, informou nesta quarta-feira a emissora britânica "BBC".

No mês passado, Adams, de 65 anos, se declarou disposto a reunir-se com a polícia norte-irlandesa (PSNI) para tratar do assassinato cometido há 40 anos pelo Exército Republicano Irlandês (IRA), apesar de ter negado seu envolvimento nesse caso.

A vítima era uma mãe católica de dez filhos, de 37 anos, que foi assassinada em Belfast pelo IRA porque supostamente espionou para as forças de segurança britânicas na Irlanda do Norte.

O líder nacionalista qualificou então de "especulações" as informações que apareceram nos meios de comunicação que asseguravam que a PSNI pretendia interrogá-lo sobre um assunto que comoveu a Irlanda do Norte durante o conflito.

A polícia norte-irlandesa indicou que Adams se apresentou nesta quarta-feira (30/4) em uma delegacia do condado de Antrim, no norte da região, onde foi detido.

Em comunicado, o Sinn Féin declarou que "no mês passado, Gerry Adams disse que estava disposto a reunir-se com a PSNI sobre o caso de Jean McConville. Este encontro está acontecendo nesta tarde".

Também em comunicado, o presidente do Sinn Féin insistiu em sua inocência com relação ao "sequestro, assassinato e enterro de McConville".

Adams, que sempre negou inclusive sua pertinência ao IRA, qualificou de "maliciosas" as acusações vertidas contra ele em relação a este assassinato por "ex-ativistas republicanos opostos ao processo de paz".

"Como líder republicano nunca evitei minha responsabilidade para construir a paz. Isto inclui fazer frente ao delicado assunto das vítimas e suas famílias. Sempre que foi possível trabalhei para ajudar as vítimas e os familiares que se puseram em contato comigo. Embora não estejam de acordo, isto inclui a família de Jean McConville", disse Adams.

No último mês de março, um tribunal de Belfast pôs sob custódia o ex-membro do IRA, Ivor Bell, de 77 anos, após uma audiência relacionada com o assassinato de McConville.

Bell foi detido quatro dias antes por sua suposta vinculação com a morte de McConville.

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