O líder da minoria republicana no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, disse na quinta-feira (24) que votará contra a nomeação da juíza Ketanji Brown Jackson, indicada pelo presidente Joe Biden para preencher uma vaga na Suprema Corte.
"Após estudar os registros da indicada e ver seu desempenho esta semana, não posso apoiar e nem apoiarei a juíza Jackson para uma nomeação vitalícia para a Suprema Corte", afirmou McConnell, em um pronunciamento no plenário.
No ano passado, quando a juíza concorria a um cargo em um tribunal de apelações do Distrito de Columbia, o líder republicano já havia votado contra Jackson, que, se confirmada pelo Senado, se tornaria a primeira mulher negra a chegar à Suprema Corte.
Entre os motivos para sua decisão, McConnell citou sentenças proferidas no passado pela juíza, dúvidas sobre sua filosofia judicial e o fato de Jackson não ter revelado sua opinião sobre uma possível ampliação do Supremo, iniciativa proposta pelos democratas.
O líder conservador também alertou que a magistrada poderia realizar o que chamou de "ativismo judicial". "É uma receita para os tribunais flertarem com a formulação de políticas e evitar um compromisso democrático saudável", opinou. McConnell acrescentou que isso é "uma falta de compreensão da separação de poderes" e que por isso votará contra Jackson.
Nos últimos três dias, a juíza passou pelo crivo dos parlamentares da Comissão Judiciária do Senado, onde sua candidatura deve ser aprovada antes de ser votada no plenário da Casa. Os democratas têm os 51 votos necessários para aprovar a indicação de Jackson e querem que a votação ocorra no plenário do Senado antes de 8 de abril.
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