O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, defendeu as forças armadas e convocou a população à “unidade nacional” contra os países que ele classificou como “inimigos do Irã”. O discurso foi nesta sexta-feira, 17, durante a oração muçulmana semanal realizada na grande mesquita Mosalla, em Teerã.
Essa foi a primeira vez em oito anos que o líder supremo do país dirigiu as orações na capital. No discurso, ele criticou a administração de Donald Trump, chamou o presidente norte-americano de “palhaço” e disse os EUA mentem quando expressam apoio ao povo iraniano. Para ele, mesmo que o governo americano estivesse ao lado do povo iraniano, seria apenas para “esfaqueá-lo com sua faca envenenada".
As críticas também foram dirigidas aos parceiros europeus no acordo nuclear. Para o aiatolá, Reino Unido, Alemanha e França conduzem um mau governo ao acionarem o mecanismo formal de disputa sobre o acordo de 2015.
Khamenei também pediu “unidade nacional” frente às manifestações no país. No último fim de semana, protestos se espalharam pelo Irã depois que as forças militares admitiram que derrubaram por engano um avião ucraniano, matando todas as 176 pessoas à bordo, no momento em que Teerã temia ataques aéreos dos Estados Unidos. As manifestações reforçaram as críticas de outros países contra o governo e aumentaram a pressão sobre líderes do país.
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