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O empresário Michael Healy, presidente de entidade representativa das empresas privadas nicaraguenses, foi um dos detidos
O empresário Michael Healy, presidente de entidade representativa das empresas privadas nicaraguenses, foi um dos detidos| Foto: EFE/Jorge Torres

A polícia da Nicarágua informou nesta quinta-feira (21) que foram detidos os empresários Michael Healy e Álvaro Vargas, presidente e vice-presidente, respectivamente, do Conselho Superior da Empresa Privada (Cosep), investigados por crimes de lavagem de dinheiro, bens e ativos “em prejuízo ao estado e à sociedade nicaraguenses”.

Liderada por Francisco Díaz, sogro da filha do ditador Daniel Ortega, a polícia nicaraguense explicou que ambos foram presos sob a acusação de “praticarem atos que minam a independência, a soberania e a autodeterminação” do país.

A polícia afirma que ambos supostamente “incitam a interferência estrangeira nos assuntos internos, pedem intervenções militares e organizam com financiamento de países estrangeiros a realização de atos de terrorismo e de desestabilização”.

Ainda sem apresentar provas, a polícia argumenta que baseia a investigação contra os empresários na Lei de Defesa dos Direitos do Povo à Independência, Soberania e Autodeterminação para a Paz, aprovada com urgência pela Assembleia Nacional, de maioria sandinista, em dezembro do ano passado. Esta lei, promovida pelo governo, classifica os “traidores à pátria” e os proíbe de ocupar cargos públicos.

A detenção de Healy e Vargas, críticos ao governo sandinista de Ortega, ocorre um dia após o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) exigir a libertação “imediata” dos candidatos presidenciais e dos presos políticos na Nicarágua, 17 dias antes das eleições em que o ditador tentará ser reeleito. Os Estados Unidos classificaram o pleito como “farsa”.

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