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Líderes mundiais criticaram neste sábado a decisão do parlamento russo, após Moscou ter aprovado o envio de tropas para a região ucraniana pró-Rússia da Crimeia. Na Europa, um coro de autoridades expressou preocupação com os planos militares de Moscou, destacando o quanto foram pegos de surpresa com o rápido movimento do presidente Vladimir Putin.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon declarou que está "seriamente preocupado com a deterioração da situação" na Ucrânia e disse que planeja falar em breve com o presidente russo, Vladimir Putin. Em nota, ele reivindicou "pleno respeito e preservação da independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia" e pediu a "restauração imediata do diálogo calmo e direto entre todos os interessados".

O primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron disse que não pode haver desculpa para intervenção militar externa na Ucrânia. A Grã-Bretanha pediu a Rússia para acalmar a situação perigosa do país e aconselhou os cidadãos britânicos a deixar a região da Crimeia imediatamente. "O Reino Unido vê os acontecimentos na Ucrânia com crescente preocupação", disse Cameron. "Não pode haver nenhuma desculpa para intervenção militar externa na Ucrânia - uma observação que eu fiz ao presidente [Vladimir] Putin quando nos falamos ontem (28). Todos devem pensar cuidadosamente sobre as suas ações e trabalhar para reduzir, não aumentar, as tensões. O mundo está assistindo".

O presidente francês François Hollande falou por telefone, neste sábado (1°) com o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, dizendo que estava "profundamente preocupado" com envio de tropas russas segundo um comunicado do gabinete de Hollande. O líder francês disse a Tusk que o movimento de Moscou "representava uma ameaça real" à soberania da Ucrânia e avisou que "tudo deve ser feito para evitar uma intervenção externa e o risco de uma escalada altamente perigosa".

Adotando um tom mais firme, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu a Moscou que esclareça não só os movimentos de suas tropas na Crimeia, "mas também os objetivos e a intenção por trás deles". Seu homólogo francês, Laurent Fabius, alertou para os significativos movimentos de tropas, que alimentam divisões na Ucrânia, enquanto o chanceler sueco, Carl Bildt, disse que o objetivo imediato da Rússia é provavelmente "a criação de um fantoche pró-Rússia na Crimeia."

A chefe da diplomacia da União Europeia Catherine Ashton lamentou a decisão da Rússia e avaliou que a ação "é uma injustificada escalada de tensões". Ela pediu que a Federação Russa não envie as tropas, mas promova seus pontos de vista "por meios pacíficos".

O primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, por sua vez, disse que "cucas frescas agora precisam prevalecer". "Desejo que todas as partes, incluindo a Rússia, tentem acalmar as coisas." Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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